Ao que tudo indica, alguém está supostamente vendendo um gigantesco banco de dados de usuários do WhatsApp. O anúncio, publicado em um conhecido fórum da comunidade hacker, alega a posse de 487 milhões de números de celular atualizados — incluindo números do Brasil.

As informações são baseadas em uma investigação da Cybernews, que reportou a oferta no dia 16 de novembro. O conjunto de dados supostamente contém informações de usuários de 84 países e, tendo em vista os quase 500 milhões de números mencionados, estima-se que quase um quarto de usuários globais do mensageiro esteja com números comprometidos.

Deste bolo, a maior parte dos números de telefones vem de Egito (44,8 milhões), Itália (35,6 milhões) e Estados Unidos (32,3 milhões), mas a lista inclui países de praticamente todas as regiões. Segundo a apuração, 8.064.916 números de celular são de usuários brasileiros do WhatsApp.

Os valores variam de país para país: o banco de dados dos EUA é vendido por US$ 7.000, enquanto números de Reino Unido e Alemanha têm custo de US$ 2.500 e US$ 2.000, respectivamente.

Números WhatsApp comprometidos

Imagem: reprodução/Cybernews

Não está claro como o vendedor obteve o banco de dados, mas especula-se que ele tenha utilizado o web scraping — método conhecido para extração de dados da web. Ao Cybernews, o hacker apenas disse que “usou sua estratégia”, mas garantiu que todos os números vendidos correspondem a usuários ativos do WhatsApp.

O portal gringo analisou uma amostra de quase dois mil números fornecidos pelo autor do anúncio e confirmou que eles são, de fato, reais.

Milhões de usuários do WhatsApp em risco

Se o banco de dados for vendido, os números de telefones vazados podem ser usados para diversas finalidades como spam, tentativas de phishing, meros envios de marketing ou mesmo falsificação de identidade e fraudes. E a má notícia é que, ao menos por ora, não há como saber qual número de WhatsApp está nesse banco de dados.

A julgar a dimensão do vazamento e a veracidade de uma pequena amostragem desses números, é provável que investigações sejam realizadas para descobrir o autor do anúncio, o método utilizado e o risco potencial que está envolvido nesse leak.

Até o momento, a Meta, dona do WhatsApp, não respondeu aos pedidos de comentários da Cybernews.

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