Após quase dois anos de entraves antitruste, a Microsoft, enfim, celebrou a aquisição da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões. Mas diante disso, há quem diga que a Sony, principal rival da big tech no mercado de games, agora está sob pressão para “reagir” à negociação bilionária.

Ao menos é isso que acredita o consultor da indústria de videogames, Dr. Serkan Toto. Para o especialista, a empresa japonesa poderia responder ao maior acordo de todos os tempos da indústria de jogos feita pela concorrente — embora não se saiba de nenhuma negociação em curso.

“A Sony certamente está sob pressão para reagir, mesmo após a aquisição da Bungie. Espero mais investimentos e aquisições para o PlayStation, incluindo algo grande que mudaria o rumo deles de uma forma significativa”, opinou Toto ao GamesIndustry.biz.

Apesar da declaração ser totalmente especulatória, Toto pode ter alguma razão. Até porque foi veiculado no começo desse ano que a dona do PlayStation reservou cerca de US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões em conversão direta) para aquisições ao longo de 2023.

O único ponto é que, ao menos do que se sabe, não existe nenhuma negociação acontecendo. E para Karol Severin, analista sênior de jogos da Midia Research, uma resposta à altura da compra da rival ocorreria somente com a aquisição da Take-Two, o que é algo improvável de acontecer.

“Será cada vez mais difícil competir com a Microsoft apenas em jogos. A única resposta para a Sony no lado exclusivo dos jogos seria comprar algo realmente grande como o Take-Two, mas isso é improvável”, disse a executiva.

PlayStation Sony

Imagem: Shutterstock

Qual vai ser, Sony?

Se a Sony quiser realmente dar uma resposta ao mercado, há duas opções viáveis. A primeira segue o raciocínio de Toto sobre novas aquisições. E por mais que talvez não alcance o mesmo valor da operação da Activision Blizzard, uma possível compra da Square Enix ou CD Projekt Red agitaria a indústria.

Outra alternativa, levantada por Severin, seria a japonesa capitalizar sua força em filmes, TV, jogos e música e lançar uma nova assinatura de entretenimento cruzado para competir com produtos multiplataforma do Xbox (como o Game Pass, por exemplo).

Mas se alguma dessas (ou outras) coisas vai acontecer? Só a Sony poderá responder.

Via: Video Games Chronicle

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