A Microsoft foi proibida pelo governo do Reino Unido de tentar uma nova autorização para compra da Activion Blizzard. Na última semana, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido emitiu o parecer sobre a compra que, em resumo, não apenas barrou a negociação como também proibe que a empresa de Redmond entre com uma nova requisição dentro dos próximos 10 anos.

A justificativa utilizada pelo órgão para a tomada de decisão demonstrou preocupações, sinalizando que a fusão poderia alterar “o futuro do mercado de jogos em nuvem”.

A Microsoft, no entanto, pode recorrer da decisão e já entrou com um processo de apelação para tentar reverter o quadro.

A decisão foi publicada pelo CMA do Reino Unido em um relatório de 418 páginas. Na página 336, pode-se ler a afirmação referente ao bloqueio. No item 11.28 do relatório, podemos ler uma “opção de solução” para o caso, onde:

“Esta opção de solução envolveria proibir as Partes de completar a Transação. [Assim,] A fusão entre Microsoft e Activision não ocorreria e a atual dinâmica competitiva do mercado não mudaria”.

Além disso, o artigo 11.29 complementa o artigo anterior, apontando que:

“A proibição seria efetivada pela aceitação de compromissos sob a seção 82 da Lei ou fazendo um pedido de acordo sob a seção 84 da Lei, proibindo a Fusão e impedindo que as Partes tentem se fundir por um período adicional: nossa prática habitual seria impedir uma futura fusão entre as Partes dentro dos próximos dez anos, na ausência de uma mudança de circunstâncias.

Coincidentemente ou não, dez anos também teria sido o período que a Microsoft ofereceu à Sony em um acordo para garantir que Call of Duty ficaria dentro da plataforma da PlayStation mesmo após a negociação. A franquia de CoD, para quem não sabe, é o elo principal – e também o argumento mais crítico – que a dona do PlayStation vem utilizando para tentar minar a compra da Activision pela rival.

Via Push Square

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