Acionistas aprovam venda do Twitter para Elon Musk, mas empresário tenta desfazer a negociação

Apesar de ter desistido da ideia e estar fazendo de tudo para desfazer o negócio, Elon Musk teve sua proposta aprovada pelos acionistas do Twitter para que compre a rede social por US$ 44 bilhões.

Em uma reunião realizada na última terça-feira (13), 99,6% dos votos dos investidores foram favoráveis ao fechamento do negócio.

“O Twitter está pronto e disposto a concluir a fusão com as afiliadas do Sr. Musk imediatamente e, em qualquer caso, o mais tardar em 15 de setembro de 2022, o segundo dia útil após o cumprimento de todas as condições precedentes”, disse a empresa em comunicado.

No entanto, o voto dos acionistas foi mera formalidade, já que há uma grande questão em toda essa história: Elon Musk não quer mais comprar a plataforma. O empresário, acionista majoritário da rede social, quer desfazer a negociação porque acredita que a plataforma violou os termos do acordo de aquisição.

Isso fez com que os advogados de Musk acionassem o Twitter em três ocasiões, fazendo com que a rede social prontamente respondesse que as acusações são “inválidas e injustas”.

Decisão do Twitter que levou à desistência de Musk

Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock

Uma carta escrita pelos advogados de Musk denuncia um acordo de indenização pago a Peiter “Mudge” Zatko, ex-chefe de segurança do Twitter, que foi demitido em janeiro.

Na ocasião, a rede social pagou ao ex-funcionário indenizações que, juntas, somaram US$ 7,75 milhões.

Isso, de acordo com as exigências de Musk, violam uma das cláusulas de acordo firmadas com a rede social que concorda em não “conceder ou fornecer qualquer indenização ou pagamento de rescisão” sem primeiro obter a aprovação do empresário da Tesla.

Em julho, o Twitter chegou a processar Elon Musk, buscando impor o acordo de compra. Um juiz vai julgar o caso durante 5 dias a partir de 17 de outubro.

Via: Variety