Já pensou o quanto o metaverso vai impulsionar a maneira com que trabalhamos? Se já alteramos tanto a nossa vida com a chegada do home office e até mesmo do trabalho híbrido, agora teremos que lidar com uma nova realidade que, até então, parecia distante, mas está cada vez mais próximo de acontecer.

De acordo com o site de empregos Indeed, os anúncios de trabalho que mencionam a expressão ‘Metaverso’ cresceram incríveis 1042% entre novembro de 2020 e novembro de 2021. Não bastasse isso, estamos vivenciando uma verdadeira dança das cadeiras na geração de empregos. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial, 85 milhões de postos de trabalho deverão ser eliminados nos próximos anos, mas 97 milhões de novas funções serão criadas em cima das novas tecnologias.

O metaverso representa essa próxima fronteira e se você ainda não se atentou como esse novo universo funciona, é preciso ficar atento. Afinal, amanhã você pode ser contratado por uma multinacional que vai priorizar discutir uma estratégia global com seus produtos e serviços em um ambiente digital, no qual é possível apresentar ideias, como numa grande conferência. Ou ainda programadores espalhados pelo mundo que podem se reunir para desenvolverem diferentes aplicações. Como se vê, estamos falando de um ambiente facilitador, que possibilita a mesma interação que teríamos presencialmente, mas com uma operação bem mais simples e fácil.

Certamente, as mudanças serão bem radicais e impactarão de maneira significativa todos os setores de trabalho. Afinal,  um recente relatório financiado pela Meta e elaborado por Analyst Group sugere que o metaverso contribuirá com 2,8% do PIB global durante a próxima década.

A reviravolta do mercado de trabalho com a chegada do Metaverso

Imagem: Shutterstock

Entretanto, para que essas mudanças aconteçam, três desafios principais precisam ser encarados:

Readaptação dos profissionais

Mudanças tecnológicas implicam em alterações de carreiras e postos de trabalho. Profissões que existem atualmente podem desaparecer ou mudar completamente no futuro, enquanto outras surgirão. É importante que todos estejam atentos a essas transformações, identificando quais são as habilidades desejadas em um cenário imersivo e como incorporá-las em suas tarefas.

Empresas com estrutura completa

Para que o metaverso funcione em sua plenitude, é essencial garantir uma estrutura completa para que as pessoas possam desempenhar suas tarefas sem maiores problemas no ambiente digital. Ter uma internet veloz e estável (que aliás é a promessa da tecnologia 5G) é o mínimo. Os hardwares, como óculos de realidade virtual e joysticks para executar os comandos, também são obrigatórios. Sem falar de aplicações como os tokens e NFTs, que funcionam como chaves de acesso a esses mundos virtuais.

metaverso

Imagem: Shutterstock

Expansão da ideia metaverso

A proposta do metaverso ainda é uma ideia que vai se desenvolver e amadurecer antes de se tornar realidade. É claro que já vemos diferentes projetos em andamento, mas eles são justamente isso: projetos que estão tateando todos os recursos disponíveis. Criar um ambiente totalmente imersivo, em que iremos trabalhar, socializar e nos divertir por meio de óculos de realidade virtual, ainda é algo distante.

Se tem uma coisa que não podemos ignorar é que profissionais e empresas precisam se preparar. Mais cedo ou mais tarde as mudanças no mercado de trabalho vão acontecer de maneira significativa. Sai na frente aqueles que estiverem já familiarizados com o ambiente metaverso.

Alessandra MontiniAlessandra Montini é diretora do LabData da FIA – Laboratório de Análise de Dados. Formada pela Universidade de São Paulo (USP), Doutora em Administração pela FEA (2003), Mestra (2000) e Bacharel (1995) em Estatística pelo Instituto de Matemática e Estatística IME-USP. A executiva é Consultora em Projetos de Big Data e Inteligência Artificial, Professora de Big Data; Inteligência Artificial e Analytics, Professora da Área de Métodos Quantitativos e Informática da Faculdade de Economia; Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA, Coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPQ: Núcleo de Estudo de Modelos Econométricos e Núcleo de Estudo de Big Data e ainda parecerista do CNPQ e DA Fapesp. Ao longo desses 20 anos de carreira Alessandra já recebeu 40 vezes o prêmio de “Desempenho Didático do Departamento de Administração da FEA”, foi 4 vezes premiada como “Melhor Docente do Departamento de Administração” e recebeu mais de 20 vezes o prêmio de “Professora de melhor avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação na FEA”.

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