O jogo Skull and Bones, da publisher francesa Ubisoft, será o primeiro a ser vendido dentro da faixa dos US$ 70 (R$ 362,27 na conversão direta), mas não será o único, já que a empresa confirmou que pretende adotar esse aumento do valor de base para todos os seus próximos lançamentos.

A informação vem da própria Ubisoft, cujo CEO – Yves Guillemot – confirmou em entrevista ao Axios Gaming pouco tempo após a apresentação do evento Ubisoft Forward. Na ocasião, também foram revelados um novo jogo da franquia Assassin’s Creed (Mirage), duas novas expansões para The Division e um novo crossover entre Mario (da Nintendo) e os Rabbids, os coelhos alucinados da franquia Rayman (o próprio Rayman, aliás, será uma DLC do jogo) – além, claro, de Skull and Bones.

Segundo Guillemot, não serão todos os jogos que praticarão a nova faixa de preço, com o CEO limitando a medida aos títulos de maior expectativa ou de franquias já consagradas:

“Alguns dos títulos virão no mesmo preço que os de nossos concorrente. Os grandes jogos AAA virão a US$ 70.”

Estranhamente, no entanto, Assassin’s Creed Mirage seguirá tendo o preço atual (US$ 60, ou R$ R$ 310,25), provavelmente pelo fato do jogo ser originalmente projetado como uma DLC de Assassin’s Creed Valhalla, o lançamento mais recente da franquia da Ubisoft.

Embora o preço de um lançamento padrão nos EUA seja de US$ 60 dólares – tem sido assim nos últimos 10 anos, pelo menos – já não é de hoje que várias empresas do setor vêm aumentando seus valores: Strauss Zelnick, CEO da Take-Two (que é dona, entre várias outras empresas, da Rockstar Games), fez o mesmo com NBA 2K21, justificando o acréscimo como “algo que os consumidores já estejam prontos”, considerando o período em que o preço antigo se manteve firme.

A Sony, fabricante do PlayStation 5, disse durante o lançamento do atual console que os jogos para ele passariam também a custar US$ 70.

Em outras palavras, a Ubisoft não está sozinha nessa empreitada.

Jogos da Ubisoft devem encarecer também no Brasil

Embora Guillemot não tenha delimitado nenhum mercado específico durante a sua entrevista, é bem provável que o aumento no preço dos jogos da Ubisoft também encontre reflexo no Brasil.

Em terras tupiniquins, nós já sentimos o aumento médio de R$ 100 pouco antes da chegada da pandemia da COVID-19 – naquela época, um jogo novo deixava as prateleiras por, em média, R$ 250 ou um pouco mais no caso de edições especiais. Desde que as restrições impostas pelo avanço do vírus SARS-CoV-2 foram implementadas, os preços de base subiram para acima dos R$ 300, o que se manteve firme após a chegada da atual geração de consoles.

No KaBuM!, por exemplo, é possível encontrar Horizon: Forbidden West (Guerilla Games) por ofertas que vão de R$ 300 a R$ 350, dependendo de condições como pagamento à vista ou via PIX. Na mesma loja, alguns jogos da Ubisoft, como Just Dance 2022, Ryder’s Republic e Immortals Fenyx Rising, podem ser encontrados por valores entre R$ 330 e R$ 380 em versões para PlayStation 5 (ironicamente, Just Dance 2022 na versão para Xbox Series S/X sai por R$ 279,90).

Por ora, ainda é cedo para dizer se o aumento de preço a ser praticado pela Ubisoft será em cima dos valores que já haviam sido aumentados por aqui. A tendência diz que sim, considerando que são bens importados, pelos quais incidem muitas tarifas sem falar na margem de lucro esperada pela empresa.

Ou, de repente, podemos ter sorte.

Pelo sim ou pelo não, podemos descobrir a partir de novembro: no dia 8 do décimo primeiro mês do ano, Skull and Bones será lançado pela publisher francesa.

via Axios Gaming

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