Ser pago para dirigir um Tesla pode parecer um sonho muito além da fantasia de qualquer ostentador que se preze. No entanto, isto é o que garante Siraj Raval, um entusiasta da blockchain Polygon. Ele modificou o carro para minerar enquanto dirige e afirma ter lucrado até US$ 800 mensais. Especialistas pesaram os prós e contras da experiência.

Uma série de modificações foi feita no Model 3 2018 para chegar ao lucro de US$ 400 a 800 mensais, afirmou Raval. Para calcular o lucro, sim, ele considerou o gasto com energia também.

A primeira solução foi conectar placas de vídeo ao carro. Para o software de mineração, o autor do hack usou um Mac mini M1 da Apple com um inversor de tomada de 12 volts no console central do Tesla. As GPUs foram conectadas à bateria interna do carro.

A garantia do Tesla, com estas modificações, não pode ser mais usada. Ainda assim, o dono do carro diz que valeu a pena. “É um computador com rodas”, afirmou Raval à CNBC.

Já para Chris Allessi, o youtuber K-Man, que costuma regularmente modificar e construir carros elétricos, o experimento pode ser realizado com um Tesla Model S. Ele conectou um Bitmain Antminer S9, hardware específico para mineração, direto na bateria do carro com um inversor. Com o ajuste da voltagem da bateria do carro, o hardware poderia fazer a mineração.

O software do carro, o firmware de fábrica, também foi alterado por Allessi para minerar altcoins; criptomoedas menos populares. Ele usou o próprio computador e tela do carro para navegar a um site construído por ele mesmo para minerar Monero.

Tesla

Imagem: Milan Csizmadia/Unsplash

Tesla para criptomoedas dá dinheiro, mas muito trabalho

Para o hacker de Teslas e minerador Thomas Sohmers nem é preciso processos muito sofisticados. O carro já fornece 100 KW de bateria e qualquer periférico pode usar da energia.

Para Allessi, a experiência sai ainda mais econômica, pois seu carro é de 2017, menos dispendioso para manter e carregar. Em 60 horas, ele pode fazer US$ 10 em Bitcoin. A mão-de-obra para criar tudo isso é que é dispendiosa. Podem ser gastos até US$ 40 mil e o Tesla custa US$ 100 mil. Allessi desistiu de usar o Tesla para minerar, levando em conta o tempo e o esforço de construir as soluções.

Para Raval, é interessante a perspectiva de explorar a mobilidade elétrica e a ideia de geração de lucro. Ele imagina um futuro onde seu Tesla poderia ser um taxi autônomo e, ao mesmo tempo em que leva passageiros, ganha lucro adicional minerando.

Ainda assim, o autor do hack não incorreu ainda em taxas de corretagem pois não trocou suas criptomoedas por dinheiro vivo. Afirma que está fazendo uma poupança. Raval já realizou experimentos polêmicos antes com inteligência artificial e resta saber se essa visão de futuro pode ser real.

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