O jogo chamado apenas de Spider-Man foi lançado em 2018 para o PlayStation 4 e encantou muitos jogadores com a liberdade de poder usar o famoso herói com seus poderes de aranha para salvar o dia. Posteriormente, o jogo recebeu uma versão com melhorias no PlayStation 5, que chega apenas agora aos PCs.

O TecMasters recebeu uma cópia do Spider-Man Remastered para review e conta a seguir o que achou neste review, além de como foi a sua performance. Confira!

Uma história original e divertida

Diferentemente de alguns outros jogos do mesmo herói, Spider-Man Remastered traz uma história original, que além de ser bem elaborada, consegue manter o jogador entretido do começo ao fim de sua campanha. Dessa forma, apesar de ver caras bem conhecidas das HQs, desenhos e filmes, tudo tem aquele gostinho de “algo novo”.

No começo, o Homem-Aranha começa a ir atrás de Fisk, um homem poderoso que controla boa parte do que ocorre em Manhattan, seja isso ligado aos crimes ou não. Entretanto, a sua grande luta mesmo consiste em combater os demônios, que andam assaltando os cidadãos e cometendo outras irregularidades.

Spider-Man Remastered - Fisk

Imagem: reprodução/TecMasters

Na história, o Peter Parker aparece um pouco mais adulto e enfrenta alguns problemas de relacionamento, por exemplo, com Mary Jane. A tia May também marca presença, assim como John Jonah Jameson, que sempre está falando na rádio indo contra o nosso super herói.

Apesar dos momentos mais sérios e até mesmo tocantes em certas partes, o Spider-Man Remastered consegue quebrar o climão em diversos momentos com piadas pequenas feitas pelo herói. Não apenas ele, até mesmo o John Jonah Jameson com sua personalidade ranzinza acaba sendo divertido em diferentes momentos.

Outro ponto positivo do jogo é que, em alguns momentos, nós também controlamos outros personagens, como a Mary Jane. Quando isso ocorre, geralmente o jogador tem mais missões do tipo stealth, que são bem divertidas e ajudam a quebrar um pouco aquele clima de “ação frenética”.

Spider-Man Remastered - Missão com Mary Jane

Imagem: reprodução/TecMasters

Eu julgo que a campanha do Spider-Man, que leva aproximadamente 15 horas para ser finalizada, tem o tamanho perfeito para manter o jogador querendo saber o que vai acontecer sem cansá-lo. Além disso, o jogo conta com side-quests interessantes e, no caso do PC, até mesmo as DLCs estão inclusas, o que pode estender a jogatina de quem curtiu o título, como em meu caso.

Existe muita coisa para fazer em Manhattan

Além de acertar em cheio com uma história bem elaborada, Spider-Man Remastered também é campeão em saber como fazer o jogador explorar tudo que há em seu mapa. Para começar, além das missões, existe uma série de coisas que podem ser feitas, como encontrar mochilas presas em prédios e tirar fotos de locais históricos.

Já as missões de ciência, por exemplo, são mais criativas e funcionam praticamente como side-quests, em que sua tarefa sempre acaba sendo diferente. Por conta de tudo isso, além de sair se pendurando pelos prédios, o jogador acaba descobrindo alguns locais que podem ser interessantes e que contém easter eggs.

Spider-Man Remastered - objetivos secundários

Imagem: reprodução/TecMasters

Fazer todas essas coisas, é claro, não é em vão, afinal, o jogador precisa ser compensado. Para isso, Spider-Man Remastered permite que os pontos obtidos com essas tarefas sejam usados para desbloquear novos trajes e armas, que podem ser evoluídas.

Spider-Man Remastered - Trajes

Imagem: reprodução/TecMasters

De forma geral, esse sistema de evoluir as armas e o traje funciona de uma forma bem simples, o que considero ótimo. E, o número de itens a serem desbloqueados é bem interessante. Agora, entre nós, quem não quer desbloquear todos os trajes do amigão da vizinhança?

Outro ponto divertido do Spider-Man Remastered são os puzzles que existem para serem resolvidos, principalmente no laboratório da cidade. Apesar de não serem muitos, os mesmos mantêm o jogador entretido por bons minutos.

Spider-Man Remastered - Puzzle

Imagem: reprodução/TecMasters

Além de ganhar pontos na missões, os pontos obtidos com essas mesmas tarefas mencionadas também permitem que você aumente o leque de movimentos do Spider-Man. Então, além de passear pela cidade, o sentimento de estar sempre em “evolução” deixa o jogador realmente motivado para seguir jogando por horas.

Combate dinâmico e gráficos que não decepcionam

Um dos grandes trunfos do Spider-Man Remastered fica por trazer comandos que são simples, principalmente no joystick, para os combates e sair se pendurando por Manhattan. Apesar dos jogadores poderem esmagar o botão de ataque, eles precisam também se desviar de tiros e encontrar a janela certa para atacar determinados inimigos.

Os comandos são bem simples, mas evoluem junto com o jogador na campanha. Isso, é claro, se deve ao fato do jogador poder liberar novos tipos de ataques, que podem formar combos diferentes.

Ao jogar o Spider-Man Remastered no PC, confesso que me senti um pouco confuso com tantos comandos no teclado. Entretanto, para minha surpresa, o jogo veio com suporte para o DualSense, controle do PlayStation 5, inclusive com direito a usar os gatilhos adaptativos.

Na questão gráfica, vale lembrar que o Spider-Man Remastered foi lançado para o PlayStation 4 em 2018. Mesmo já existindo há praticamente 4 anos, o jogo continua bem bonito para os padrões atuais, mas é impossível não notar que nem tudo é perfeito.

[Review] Spider-Man Remastered diverte muito com performance honesta nos PCs
[Review] Spider-Man Remastered diverte muito com performance honesta nos PCs
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Por exemplo, enquanto você está correndo pela cidade e tudo está em movimento, os cenários são bem bonitos. Já ao ficar parado em determinados locais, alguns detalhes a mais seriam bem vindos. Coisas como lojas acabam se “repetindo”, mas isso não é suficiente para contar com um “forte contra”.

Um ponto em que o Spider-Man Remastered também peca, mas que pode estar relacionado a bugs é em alguns reflexos. Note nas imagens abaixo (sem e com Ray Tracing) que a árvore que é refletida na janela está com texturas que não parecem estar em alta resolução.

[Review] Spider-Man Remastered diverte muito com performance honesta nos PCs
[Review] Spider-Man Remastered diverte muito com performance honesta nos PCs

Já um pequeno bug a ser notado nas cut scenes, que são bem bonitas, é que nem sempre a dublagem está com a sincronia labial correta. Então, foi possível ver personagens mexendo a boca após terem acabado de falar ou vice-versa.

Otimização de Spider-Man é controversa

Antes de entrar nos detalhes de como foi a performance do Spider-Man Remastered primeiro, veja as principais especificações da configuração utilizada para o review:

  • Processador Intel Core i5-9600K
  • 16 GB de memória RAM DDR4 em Dual Channel com frequência de 3.200 MHz
  • SSD do tipo M2 NVMe
  • Placa de vídeo RTX 3070
  • Monitor com resolução 4K e taxa de atualização de 120 Hz

Na parte de configurações, felizmente, o Spider-Man Remastered oferece muitas opções do que pode ser modificado, sendo que vem com 4 níveis pré-definidos e que não ativam, por padrão, o Ray Tracing. Algo importante a ser frisado, é que o “launcher” do jogo permite que suas configurações sejam modificadas antes do mesmo ser iniciado, o que é bem positivo.

Para extrair mais desempenho dos PCs, o Spider-Man Remastered vem com o suporte ao DLSS e ao AMD FSR 2.0, mas que não funcionaram tão bem quanto eu esperava (entrarei em detalhes logo a seguir).

Para começar os requisitos oficiais para rodar o Spider-Man Remastered em 4K 60 FPS pedem um i5 11400 ou AMD Ryzen 5 3600 com uma RTX 3070 ou Radeon RX 6800 XT. Já na minha configuração, com tudo no nível máximo e em 4K, eu pude rodar o título com 60 FPS cravados sem maiores problemas, o que mostra que o jogo até está otimizado.

Em relação ao consumo de hardware, o uso da CPU variou bastante indo de 50% até 80%, mas sem passar dos 50º C (foi usado watercooler). Já o uso da GPU ficou praticamente cravado na maior parte do tempo em 98%, ou seja, alguns modelos menos potentes (abaixo dos requisitos divulgados) podem realmente não conseguir rodar nesta qualidade.

Se a otimização está boa nesta configuração, o mesmo não pode ser dito quando o Ray Tracing esteve ativado. Na resolução 1440p, com as configurações no alto (não no nível mais alto), o Spider-Man Remastered até ficou com uma taxa de quadros média de 67 FPS, mas isso não era refletido na “jogatina”. Sem Ray Tracing, em 1440p, o jogo ficou com uma média de 85 FPS.

O jogo até rodava boa parte do tempo com altas taxas de quadro por segundo, mas era notório que o título não estava rodando de forma fluída. Principalmente ao andar pela cidade, vários stutterings poderiam ser notados.

Eu cheguei a fazer o teste até mesmo na resolução Full HD e em 4K, mas independentemente da resolução escolhida, o jogo não ficou fluído em momento algum quando o Ray Tracing estava ativado.

Tanto com o DLSS quanto o AMD FSR 2.0 ativado, a performance praticamente não mudou. A média foi de 3 FPS de diferença, algo que em jogo quase não era notável. Além disso, o jogo também ficou com problema em alguns elementos gráficos, algo em que a Sony já está trabalhando para corrigir.

Apesar dos elogios ao “launcher” do Spider-Man Remastered, é preciso dizer que algumas escolhas estranhas foram adotadas para certas configurações. Por exemplo, ao setar o jogo para 1440p, eu só pude escolher entre 100 Hz ou 120 Hz, mas não podia deixá-lo em 60 Hz, o que é algo que poderia melhorar o desempenho.

Outra coisa que notei durante os testes, é que o jogo sempre apresentou um melhor desempenho ao ser reiniciado. É claro que isso pode ser apenas um bug da versão de testes que recebemos antecipadamente, mas não é algo positivo ter que reiniciar o jogo toda vez que uma configuração é alterada.

Spider-Man Remastered vale a pena?

O Spider-Man Remastered é um jogo extremamente divertido, que possui uma história única, motivo que já o torna quase essencial para qualquer fã do Cabeça de Teia. As missões são bem elaboradas e não deixam que a repetição tome conta.

Além do tempo mais do que justo para a campanha ser terminada, aproximadamente 15 horas, os jogadores ainda possuem muitas atividades extras para fazer pelo mapa. Os gráficos, lembrando que estamos falando de uma remasterização, estão bons para os padrões atuais.

Já em relação ao port, o TecMasters até conseguiu ter um desempenho bem satisfatório com uma configuração parecida dos seus requisitos oficiais. A única coisa que gostaríamos de ver é uma melhora em relação ao Ray Tracing, que além de estar meio estranho, no sentido da imagem, em certas situações, está mais pesado do que era esperado.

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