SpaceX pode ter demitido funcionários que criticaram Elon Musk

Elon Musk, CEO da SpaceX (Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock.com)

De acordo com a documentação enviada à NLRB, a direção da SpaceX teria “interrogado” funcionários para determinar seus graus de envolvimento na redação da carta, além de tè-los ordenado a manter os questionamentos em segredo e não tratar dessas “entrevistas” publicamente. Segundo a porta-voz do comitê, Kayla Blado, isso configura uma violação de direitos trabalhistas assegurados por legislação federal.

Blado ainda disse que a reclamação recebida pelo órgão acusa a SpaceX de exibir capturas de tela (prints) de mensagens trocadas entre funcionários tratando de assuntos pertinentes à carta, além de “convidar” alguns deles a “pedirem demissão” e/ou ameaçá-los de dispensa de contratos em caso de tentativas de organização sindical – o termo em inglês, union breaking, é uma prática comum em empresas de grande porte dos EUA.

O órgão acatou as reclamações, e está pedindo, inicialmente, que a SpaceX reconheça o que fez, emitindo pedidos de desculpas individualmente a cada funcionário demitido por esse motivo. Ainda não há informação sobre processos trabalhistas a serem abertos e, consequentemente, não há ainda conversas sobre pedidos de indenização.

A situação toda ainda será ouvida por um juiz trabalhista em audiência marcada para 5 de março de 2024 – isso, claro, se a SpaceX quiser combater as acusações. A empresa tem a opção de obedecer às exigências da NLRB ou tentar negociar um acordo modificado para evitar que isso tome um público muito maior.

Entretanto, é importante ressaltar que este mesmo assunto já está correndo paralelamente nas cortes judiciais, conforme noticiamos em novembro do ano passado.

Até o momento, a SpaceX não comentou as informações divulgadas.