A robótica evolui de forma rápida e surpreendente em diversos segmentos. Se por um lado os robôs humanoides e quadrúpedes da Boston Dynamics (e diversos outros) impressionam pela precisão de movimentos e acrobacias, na outra ponta dessa história, robôs minúsculos e flexíveis já podem andar, nadar e pular. Mas a última novidade nessa seara é um robô que lembra muito uma fada e que pode voar.

O projeto FAIRY, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, se materializou em um robô de polímeros que pesa apenas 1,2 miligramas que voa com vento e pode ser controlado pela luz.

“O atuador é feito de elastômero cristalino líquido responsivo à luz, que induz ações de abertura ou fechamento das cerdas após a excitação da luz visível”, explica Hao Zeng, líder do grupo Light Robots.

Um robô fada controlado pela luz

Segundo os criadores, a luz pode ser usada para mudar a forma de sua estrutura, controlando assim ações de decolagem e aterrissagem do conjunto de polímero.

Robô 'fada' voa controlado pela luz

Imagem: reprodução

O próximo passo é melhorar a sensibilidade do material para permitir a operação do dispositivo à luz do sol. Além disso, os estudiosos pretendem também ampliar a estrutura do robô “fada” para que ele possa transportar dispositivos microeletrônicos, como GPS e sensores, bem como compostos bioquímicos.

“Parece ficção científica, mas os experimentos de prova de conceito incluídos em nossa pesquisa mostram que o robô que desenvolvemos fornece um passo importante em direção a aplicações realistas adequadas para polinização artificial”, comemora Zeng.

Pra quê?

Uma das primeiras aplicações em potencial é na agricultura. No futuro, ele poderá, por exemplo, transportar pólen e ser disperso livremente por ventos naturais e então guiado pela luz em direção a áreas específicas com árvores aguardando polinização.

“Isso teria um grande impacto na agricultura global, já que a perda de polinizadores devido ao aquecimento global se tornou uma séria ameaça à biodiversidade e à produção de alimentos”, completa Zeng.

Fonte: Wiley

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