[Review] Marvel’s Midnight Suns agrada com história original e combate inovador

Marvel’s Midnight Suns é um jogo que foi bastante aguardado pelos fãs do universo Marvel devido a trazer uma história inédita com diversos personagens queridos. Não apenas isso, o título também traz uma proposta diferente quando comparado aos outros jogos de heróis devido ao seu combate mais tático.

O TecMasters recebeu uma unidade do Marvel’s Midnight Suns para review e conta a seguir o que achou dele. Confira!

Uma história bem elaborada, mas com diálogos desnecessários

Como em outras histórias da Marvel, em Marvel’s Midnight Suns a Hydra tem planos malignos mais uma vez para dominar o mundo e, assim, Lilith, um tipo de deusa maligna, acaba sendo despertada de seu sono e com um poder praticamente incomparável. Após acordar, Lilith logo ataca Wanda, uma parceira de trabalho do Doutor Estranho.

Para conseguir para Hydra e Lilith, os Vingadores vão até Albadia para acordar Hunter, que é filho da Lilith. Hunter, inclusive, além de ser o protagonista do jogo, é um personagem customizável e que pode seguir caminhos diferentes.

Imagem: reprodução/TecMasters

De forma geral, Marvel’s Midnight Suns tem uma história interessante e com um enredo que prende a atenção do jogador. Não apenas a parte envolvendo a vilã, mas até a parte em que recrutamos mais heróis, como Deadpool, acabam sendo bem divertidas. A única parte chata é que, muitas vezes, a história demora para ser contada.

Imagem: reprodução/TecMasters

Entre uma missão principal e outra, o jogador é obrigado a explorar a sua base em Albadia. Além das tarefas simples, alguns bate-papos se tornam necessários e, estes, honestamente, são dispensáveis. O diálogo na grande maioria das vezes é sem graça e, por algum motivo, nem sempre é possível pular tamanha falação.

Por outro lado, alguns diálogos de Marvel’s Midnight Suns também são importantes e podem até mesmo fazer com que Hunter decida entre seguir o caminho do bem ou do mal. Já a jogabilidade dessa exploração, vale notar, não é tão bem feita, uma vez que estamos falando de um RPG tático e que o foco está mesmo no combate, do qual falarei mais adiante.

Apesar desses problemas, Marvel’s Midnight Sun, no quesito história, ainda tem um saldo positivo. A campanha leva em torno de 40 horas para ser finalizada, sendo que este tempo pode se expandir caso o jogador queira fazer missões opcionais e outros extras.

Marvel’s Midgnight Suns tem combate divertido e inovador

Ao olhar para uma luta em Marvel’s Midgnight Suns, os jogadores podem logo pensar em XCOM, mas as semelhanças praticamente param na câmera e pelo fato de ser em turnos. O título traz, sim, um combate tático, mas que é bem diferente do que estamos acostumados a ver e esse é o seu grande diferencial.

Para começar, todos os movimentos ou ações são realizadas através de cartas, que só podem ser utilizadas a partir do número de jogadas disponíveis ou do nível de heroísmo. Com isso, a todo instante é necessário calcular se o seu o movimento vai valer a pena, afinal, é sempre bom eliminar o maior número de inimigos possíveis.

Imagem: reprodução/TecMasters

Outra parte divertida desse combate é que cada herói, felizmente, possui as suas próprias cartas que remetem às suas habilidades no mundo Marvel. Então, enquanto alguns campeões podem, por exemplo, dar mais dano, outros podem ter habilidades mais focadas em proteger os outros ou em curas.

Algo que alguns jogadores podem não gostar é que, por exemplo, Marvel’s Midnight Suns não conta com um sistema de cobertura, ou seja, você não é tão penalizado por se posicionar mal. Entretanto, a movimentação mais livre permite que objetos sejam jogados ou utilizados contra os inimigos.

Imagem: reprodução/TecMasters

O combate do Marvel’s Midnight Suns é divertido, mas algumas partidas podem levar minutos a serem concluídas, algo que não vejo como um problema. Talvez, a única parte chata seja a de reforços chegando, mas os objetivos dados durante o combate ajudam a amenizar estes problemas.

Evolução se dá de forma interessante

Diferentemente de outros RPGs em que os personagens sobem de nível, no Marvel’s Midnight Suns nós acabamos evoluindo mais as cartas. Assim, ao finalizar as partidas, durante a exploração, nós podemos treinar com os aliados para evoluir suas habilidades sempre que duas cartas forem iguais.

Imagem: reprodução/TecMasters

Com isso, uma nova carta com o mesmo poder será criada, mas que trará alguma ação extra. Após adquirir algumas cartas, é claro, o deck do jogador também pode ser editado para que o mesmo selecione as cartas que mais gosta.

Já indo além da questão das cartas, o Hunter, nosso protagonista, também possui um sistema de afinidade com os outros heróis que pode ajudá-lo na hora de combate. Não somente isso, outros itens também podem ser forjados na base, por exemplo, para ganhar ações extras como um novo turno.

Imagem: reprodução/TecMasters

De forma geral, a parte de evolução no Marvel’s Midnight Suns é bem interessante, mas também se mostra cansativa. Enquanto algumas ações como evoluir as cartas são essenciais, outras horas encontramos tantos itens no mapa e locais na base que nem sempre sabemos quando usá-los e se vale realmente apena correr atrás deles.

Conclusão

Marvel’s Midnight Suns é um RPG que logo agrada os fãs da Marvel por contar uma história inédita, que por sinal é muito bem trabalhada. O jogo fica lento em alguns momentos e o excesso de diálogos secundários não ajuda, mas isso também não ofusca o seu brilho.

Além de acertar na história, o título também traz um sistema de combate que pode ser considerado inovador. O mesmo funciona bem na maior parte das vezes e é agradável tanto no controle quanto no teclado e mouse.

Marvel’s Midnight Sun, assim, pode até não ser considerado um título perfeito, mas fico ansioso para ver mais novidades da franquia. O jogo foi analisado em sua versão para PC, mas também está disponível para Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X/S, PlayStation 4 e PlayStation 5.