Três anos se passaram desde que Granblue Fantasy: Versus surgiu, cativou o coração da comunidade e caiu no esquecimento. Felizmente, no entanto, a série não está morta. Isso porque a Cygames e Arc System Works acabam de lançar a “continuação” do game, intitulado de Granblue Fantasy Versus: Rising.

Sim, a continuação entre aspas tem seu motivo: por mais que seja encarado como um jogo novo, ele se aproveita da base do título de 2020 e funciona mais como uma expansão. Lançá-lo como um DLC poderia ser uma opção, mas existem outros fatores — que falaremos posteriormente — para justificar isso.

Para quem se lembra, o TecMasters chegou a testar Granblue Fantasy Versus: Rising no estande da Nuuvem durante a BGS 2023. Mas na ocasião, só foi possível testar combates contra a CPU e players no modo local.

Fato é que com o lançamento do jogo, era impossível não dar outra chance para conhecermos as novidades restantes. E o parecer de tudo isso você confere logo abaixo.

História, porradaria e minigames

Logo de cara, o que chama a atenção em Granblue Fantasy Versus: Rising é a quantidade de modos disponíveis. Por ser um fighting game, é natural que os jogadores iniciem o game e partam logo para o modo arcade ou versus. Mas acredite: há muito para se explorar.

  • Modo arcade

Comum nos jogos de luta, o modo arcade basicamente coloca o player em combates consecutivos que permitem escalar o nível de habilidade. E após algumas boas batalhas, o jogador pode testar contra bosses para finalizar o modo.

  • Modo VS

O modo versus também já é conhecido: lutas contra CPU ou jogadores (modo local). Aos que desejam iniciar as partidas ranqueadas mas estão com receio, aqui é um ótimo ambiente para testar e maximizar mecânicas.

  • Modo treino

Por falar em testes, o modo treino é a melhor pedida para quem nunca jogou Granblue Fantasy Versus: Rising ou seu título antecessor. É aqui que mecânicas básicas e combos podem ser aprendidos.

  • Modo história
Modo história de Granblue Fantasy Versus Rising

Imagem: Igor Shimabukuro/TecMasters

Naturalmente que também há um modo campanha para os jogadores. E ao todo, a história se dividide em três atos diferentes.

O primeiro deles se parece muito com o enredo visto em Granblue Fantasy: Versus. Tanto que é possível pular o ato se tiver o save do game antecessor.

Já os outros dois atos apresentam novas histórias e trazem novos personagens para a trama. E em todos eles, a campanha é dividida entre diálogos e lutas (fáceis) contra monstros e personagens.

  • Modelos digitais

Uma das novidades do título, os modelos digitais proporcionam uma experiência extra para os players. Basicamente, o jogador pode criar o seu próprio cenário, criando estátuas de personagens e ornando com o espaço.

Uma ótima pedida para quem esbanja criatividade e gosta de compartilhar capturas nas redes sociais.

  • Modo online
Ranqueadas de Granblue Fantasy Versus Rising

Imagem: Igor Shimabukuro/TecMasters

Os modos offlines complementam a experiência, mas é no modo online que “o bicho pega”. Afinal, quem é player de fighting games sabe que são as lutas online contra jogadores que agitam a gameplay.

O modo casual pode ser um meio-termo entre as lutas contra CPUs e partidas ranqueadas. É possível jogar contra jogadores de diversas regiões, mas como não há ranqueamento, trata-se de uma experiência mais casual.

Já as partidas ranqueadas trazem toda a competitividade que um título de luta pode oferecer. E é aquele velho padrão: mais vitórias significam mais elo, enquanto derrotas podem frear o rush.

  • Grand Batalha!
Minigames de Granblue Fantasy Versus Rising

Imagem: Igor Shimabukuro/TecMasters

Também no modo online está o Gran Batalha. E trata-se de um modo que traz vários minigames diferentes para divertir a comunidade. De uma forma simplista, é uma espécie de Fall Guys de GBFVR.

Há corridas com obstáculos, joguinhos para coletar ouro em equipe e diversas outras experiências. Quem respeitar o relógio vai avançando nas fases, mas no fim, apenas os três melhores sobem ao pódio.

Otimizações bem-vindas

Falando sobre gameplays e melhorias, é importante esclarecer o motivo de Granblue Fantasy Versus: Rising ter sido lançado como um novo jogo, e não como um DLC.

O título passado até se mostrava promissor. O problema é que o netcode não era rollback, o que tornou a experiência online muito complicada. O recurso até poderia ser adicionado, mas custaria o mesmo que lançar um novo título. E, bem, foi exatamente por isso que os desenvolvedores tomaram essa decisão.

A boa notícia é que, para justificar a chegada de uma versão 2.0 do game três anos depois, mais novidades foram lançadas. A começar pela adição de mais personagens, que agora totalizam 28 ao todo — apesar de apenas quatro deles serem disponibilizados na versão gratuita.

Versus de Granblue Fantasy Versus Rising

Imagem: Igor Shimabukuro/TecMasters

Mas não foi só mais personagens que deram o “ar de graça”. Falando sobre mecânicas de batalha, Raging Strike e Brave Counter chegam para dar mais dinâmicas as lutas e fazer com que os jogadores saiam de situações delicadas.

A primeira habilidade, por exemplo, é um golpe que quebra a defesa do adversário e permite a execução de um combo logo em seguida — ótimo contra oponentes que jogam na defensiva. O segundo, por sua vez, funciona como um parry que permite sair da pressão do adversário.

Outra grande surpresa foram os ataques de dash. Quem costuma jogar contra personagens que atacam à distância sabe como chegar perto deles é uma coisa complicada. Mas com os dashes, é possível não só se aproximar dos inimigos facilmente, como também abre espaço para mais golpes.

De resto, o combate mostra-se extremamente fluido. A mecânica de combate simplificado do título anterior foi mantida e, por mais que isso irrite alguns jogadores veteranos, facilita o aprendizado de novos players e permite combos de modo muito mais simples.

Gameplay de Granblue Fantasy Versus Rising

Imagem: divulgação/Cygames

Por fim, mas não menos importante, a chegada do netcode rollback aparentemente estabilizou o online do game. Poucas partidas puderam ser testadas e, infelizmente, não há um servidor para a América Latina. Ainda assim, não foi presenciado lags que atrapalhassem a gameplay.

E, bem, talvez seja esse “detalhe” que pode estender o tempo de vida de Granblue Fantasy Versus: Rising.

Mas afinal, Granblue Fantasy Versus: Rising vale a pena?

Embora os gráficos sejam belíssimos, não são todos que podem curtir um jogo de luta com visuais anime. Ainda assim, Granblue Fantasy Versus: Rising pode ser uma ótima opção para novos jogadores e um título indispensável para quem é fã da franquia.

Por ser uma versão atualizada do game de 2020, o jogo está clean e com boas novidades. E como o modo online foi aprimorado, é de se esperar que a comunidade vá migrar para ele. Em outras palavras, um “prato cheio” para os amantes de partidas ranqueadas.

O modo história deixou a desejar, é verdade. Mas os minigames conseguem aprimorar a experiência para quem quer algo extra além de lutas. E a manutenção das legendas em português — apesar de falhas de tradução — facilita a vida de quem não entende muito de outras línguas.

Se o game vai vingar? Só o tempo dirá. Mas a impressão é que Cygames e Arc System Works se empenharam para otimizar o que já era bom, corrigir algumas falhas e trazer novos conteúdos para que Granblue Fantasy Versus: Rising tenha o sucesso prolongado que seu antecessor não teve.

*O game foi analisado por meio de uma cópia para PC (via Steam) fornecida pela Cygames.

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