Em Overwatch 2, mesmo que o trapaceiro não seja você, a Blizzard ainda poderá lhe punir. Em uma atualização no blog oficial do jogo, a publisher americana detalhou novas políticas de preservação da esportividade nas partidas do jogo online – e isso inclui sanções para jogadores que, repetidamente, formem equipes com pessoas conhecidas por trapacearem.

O termo é relativamente comum para quem entende um pouco do mercado dos jogos online: os cheaters são jogadores que se valem de recursos ilegais para obterem vantagens absurdamente injustas – no caso de Overwatch 2, isso pode ser exemplificado por programas de mira automática, movimentação mais rápida ou funções similares.

Desnecessário dizer, o emprego de tais medidas é algo proibido pela Blizzard, que às vésperas da estreia de uma nova temporada para o jogo no dia 7 de fevereiro, anunciou que jogadores que se associarem a cheaters conhecidos poderão ter suas contas suspensas – ou até mesmo banidas – ainda que eles próprios não estejam trapaceando.

“Jogadores que sabidamente se unem a cheaters estão procurando se aproveitar da mesma vantagem que aqueles que estejam trapaceando, incluindo elevar suas contas a níveis onde normalmente não pertenceriam por conta própria. Ao fazer isso, se criam partidas injustas e desbalanceadas para todos em nossa comunidade e não faz justiça ao nosso principal valor de jogar justo e jogar bem. Mesmo que os cheaters sejam banidos diretamente, nós também vamos emitir severas suspensões por períodos estendidos de tempo e, em casos extremos, banimentos permanentes para aqueles que propositalmente se aliarem aos cheaters.”

De acordo com a Blizzard, desde o lançamento de Overwatch 2 em outubro de 2022, a empresa identificou cerca de 50 mil contas culpadas de trapaças. Pelas normas da empresa (que também publica outros jogos online, como World of Warcraft), esses perfis são banidos sem discussão. É questão de identificar o cheater, banir o cheater.

Mas “caroneiros” desses jogadores também gozam de vantagens em um jogo como Overwatch 2, onde o trabalho em equipe rende recompensas compartilhadas – em outras palavras, o desempenho bom de um jogador pode impactar positivamente o seu próprio desempenho, seja com novas habilidades, status positivos de combate ou aumento de nível (o que leva a recompensas maiores e partidas mais interessantes). Esses, no entanto, ainda não tinham uma política de combate robusta por parte da empresa.

Overwatch 2 é um dos jogos que chega esta semana

Imagem: Divulgação

Na mesma atualização, a Blizzard também avisou que partidas com nomes impróprios e/ou ofensivos, refletindo isso também no comportamento individual dentro de cada jogo. No primeiro Overwatch, uma modificação do jogo incumbia você de, no papel do personagem Cole Cassidy, engravidar personagens femininas.

O mod, aliás, se chamava “Simulador de Assédio Sexual”, como resposta de jogadores extremistas que não gostaram de ver o personagem ser renomeado para amainar acusações de assédio dentro da empresa (Cassidy originalmente se chamava “Jesse McCree” em homenagem a um ex-funcionário que deixou a empresa sob tais acusações).

Segundo o Engadget, o mod em questão reapareceu mês passado em Overwatch 2, embora a sua incidência não tenha gerado muita tração: a Blizzard agiu rapidamente para removê-lo, mas não informou como vai impedir que instâncias similares voltem a ocorrer.

As mudanças devem começar a valer a partir de 7 de fevereiro de 2023.

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