[Review] One Piece Odyssey é engraçado, contagiante e um ótimo RPG

Quando foi anunciado, One Piece Odyssey foi cercado de expectativa, principalmente porque se trata de uma adaptação de um dos animes/mangás mais aclamados de todos os tempos.

Portanto, qualquer deslize poderia significar que o game ficaria em um limbo e seria esquecido pelos fãs do clã do Chapéu de Palha. No entanto, felizmente, o jogo entrega uma experiência sólida e que tem tudo para agradar os fãs da obra original ou simplesmente quem procura um bom RPG.

Antes de mais nada, é importante citar que o jogo está totalmente legendado em português e com vozes em japonês com os mesmos dubladores do anime, o que traz a sensação de estar assistindo a um episódio novo – principalmente porque o jogo é dividido exatamente desta forma, como nos lançamentos para TV.

História

Imagem: TecMasters

One Piece Odyssey é um RPG que apresenta a tripulação do Chapéu de Palha em uma história canônica e original para o universo do mangá e do anime. Os jogadores, como era de se esperar, assumem o papel do capitão desse grupo, conhecido como Luffy.

Ele deve andar por uma ilha misteriosa junto de seus companheiros para encontrar uma forma de sair dali, já que, no meio de uma jornada, eles foram pegos por uma tempestade e acabaram naufragando no local.

Mas, o que parecia uma tarefa simples, se complica conforme eles adentram as entranhas do lugar e descobrem que parte de seus habitantes são criaturas horrendas e perigosas – que, inclusive, são uma das melhores adições do game.

Imagem: TecMasters

Portanto, procure explorar bastante, coletar recursos e enfrentar inimigos para tornar o grupo de heróis cada vez mais forte para derrotar as ameaças do lugar – que, conforme se avança, se tornam muito mais perigosos e fortes contra os golpes dos personagens.

Mecânicas de exploração

Ao andar pela ilha, os jogadores podem pular, coletar itens, quebrar coisas, conversar com personagens, escalar paredes e até usar as propriedades elásticas de Luffy para alcançar alguns locais.

No começo, principalmente no prólogo, o caminho é muito linear, não dando espaço para exploração. Porém, conforme se progride na história, as possibilidades vão se abrindo e a dica que eu tenho é: explore bastante e colete o máximo de itens que conseguir, principalmente de cura. Vai por mim, eles serão importantes.

Ao andar pelo mundo, é possível ver inimigos espalhados. Ao encostar neles, as batalhas se iniciam. Há a opção de passar direto, mas, para ganhar nível e evoluir os personagens, é necessário lutar.

Imagem: TecMasters

Durante a jogatina, alguns habitantes da ilha podem ser encontrados. Eles ajudam os personagens a derrotar as ameaças ao entrar na equipe. No entanto, eles não podem ser controlados diretamente – mesmo assim, oferecem suas habilidades.

Imagem: TecMasters

Outra dica é: observe bastante o mapa. Luffy possui uma habilidade que, à primeira vista, serve para mudar a cor de sua visão. No entanto, descobrimos que essa função serve para identificar inimigos que dão mais experiência e revela itens escondidos – que são essenciais para fortalecer os heróis.

Imagem: TecMasters

A partir de certo ponto, você não precisa necessariamente jogar apenas com o Luffy nas partes de exploração. É possível definir qualquer outro personagem como líder para que ele seja controlado. Mas tenha em mente que, dependendo da habilidade de cada um, alguém específico será necessário em certos segmentos.

Sistema de progressão

Imagem: TecMasters

O sistema de progressão segue o estilo clássico dos JRPGs: quanto mais se luta, mais fortes os personagens ficam. Logo no começo da jogatina, os heróis já estão no nível 40 de habilidade, o que mostra que os personagens passaram por muitas coisas antes do início do game.

Isso faz com que tudo no começo seja relativamente mais simples – o que é bastante compreensível, já que o game conta com coisas para os veteranos dos JRPGs, ao mesmo tempo que oferece uma ótima experiência para os iniciantes, porque conta com diversos tutoriais e explicações sobre cada uma das mecânicas presentes.

Imagem: TecMasters

Inclusive, isso é algo que vale a pena destacar. One Piece Odyssey apresenta uma lista de comandos fixa, que fica sempre na tela do jogador – a única diferença é que ela pode ser “recolhida” para um dos cantos.

Isso ajuda quando o usuário, por exemplo, esquece algum comando específico. Por conta disso, considero que o game é um JRPG bastante amigável para os jogadores.

Imagem: TecMasters

Acessórios encontrados durante o jogo podem ajudar a melhorar ainda mais os atributos dos personagens quando equipados. O interessante é que não há limite para o que pode ser equipado, contanto que se encaixe em um espaço definido – como se fosse um Tetris.

Batalhas grandiosas e desafiadoras

Imagem: TecMasters

One Piece Odyssey conta com batalhas grandiosas ao mesmo tempo que inventivas. Os jogadores devem escolher bem quais dos personagens vão atacar, em qual ordem, e de qual maneira.

Para isso, os heróis contam com ataques comuns – que mesmo sendo simples, dão bastante dano em alguns inimigos -, bem como investidas especiais, que consomem pontos de técnica – o interessante disso é que, logo à frente do nome de cada ataque, é possível ver se será inefetivo contra aquele inimigo.

Imagem: TecMasters

Outro fator bastante interessante é que, caso seja uma batalha com vários inimigos de uma vez, eles serão divididos em grupos, então a party de personagens também se divide para enfrentá-los.

Cada vez que um grupo morre – ou por escolha do jogador -, é possível fazer com que os personagens “pulem” de um grupo de inimigos para outro – seja porque há alguma habilidade mais eficiente para cada monstro ou simplesmente porque o jogador quis assim.

Imagem: TecMasters

No meio da batalha é possível trocar os componentes da party por outros que podem ser mais eficientes em cada situação. Portanto, é um momento de experimentar. Gaste bastante tempo analisando a situação – principalmente porque o combate é realizado em turnos -, para se certificar de que está fazendo a escolha mais eficiente.

Imagem: TecMasters

Além disso, é importante ficar atento às alterações de status dos personagens. Isso porque alguns ataques de inimigos podem causar efeitos negativos nos heróis, como sangramento, desmaio e até queimaduras – que fazem com que a defesa diminua.

Para resolver isso e impedir que o turno seja perdido, é importante ter sempre à mão itens de cura – por isso a importância de procurar por eles durante a exploração – ou usar a habilidade de Chopper para isso.

Imagem: TecMasters

Outro elemento interessante é que, durante os ataques, é possível que uma ação específica de empurrar seja acionada. Se acontecer, o inimigo é empurrado sobre outro, causando dano a ambos. Isso ajuda bastante a dar cabo de mais de uma ameaça por vez.

Fidelidade ao material de base

Imagem: TecMasters

Em One Piece Odyssey, é possível recriar memórias do grupo de heróis. Isso traz a possibilidade de reviver os melhores arcos do anime. No entanto, é dito que nem todas elas podem ser recriadas exatamente da forma que aconteceram, o que abre um grande leque de novidades.

Além disso, é interessante ver como essas mecânicas se integram ao mundo de One Piece e oferecem uma experiência para os fãs do anime – já que diversos golpes clássicos vistos nos episódios estão presentes.

Isso, aliado ao estilo gráfico bastante semelhante à obra original, faz com que One Piece Odyssey seja um dos melhores jogos de anime. É bastante divertido ficar procurando referências a alguns acontecimentos e entendendo como momentos do anime se encaixam aqui.

Imagem: TecMasters

Outra questão bastante importante é que o senso de humor característico está de volta – bem como as piadas, brincadeiras e provocações que cada personagem faz com o outro. É bem interessante ver a interação deles após o fim de uma batalha ou durante as animações.

O carisma dos personagens também é algo que deve ser citado. Está tudo aqui, e de forma bastante criativa e que os fãs vão se sentir em casa.

Conclusão de One Piece Odyssey

Imagem: TecMasters

One Piece Odyssey é divertido, interessante e muito inventivo, principalmente porque conseguiu pegar as principais características de um bom JRPG e transferi-las para o universo do Chapéu de Palha.

O sistema de gameplay pode não contar com inovações, mas a presença dos ataques especiais como no anime e a interação dos personagens faz com que o título seja um dos mais promissores do ano e tem tudo para agradar diversos públicos.

Vale lembrar que One Piece Odyssey chega na próxima sexta-feira (13) para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X.

O review foi feito a partir de uma cópia de PlayStation 5 cedida pela Bandai Namco.