Nos últimos anos, o modo escuro de softwares e sistemas operacionais tem se tornado popular entre os usuários de smartphones OLED, já que promete reduzir o consumo de bateria nos dispositivos. No entanto, um novo estudo de engenheiros da Purdue University, dos Estados Unidos, revelou que o raciocínio é aplicado somente em condições específicas.

De acordo com os experimentos realizados — que também contaram com as participações dos especialistas Charlie Hu, Michael e Katherine Birck —, smartphones AMOLED com o modo escuro ativado, de fato, mostraram melhores desempenhos de energia: de 39% a 47% de redução no consumo de bateria em comparação com dispositivos com o modo claro ativado.

O problema é que essa diminuição foi vista apenas quando os smartphones estavam configurados com 100% de brilho da tela. Ao reduzir o brilho desses dispositivos para níveis em torno de 30% e 50%, os engenheiros reportaram economias de energia de apenas 3% a 9%.

Isso significa que a economia de bateria nos smartphones AMOLED está muito mais ligada às configurações de brilho dos aparelhos do que os temas escuros dos softwares e sistemas. Ou seja, usuários que não costumam utilizar 100% do brilho nos aparelhos terão pouca vantagem sobre os que optarem pelo modo claro ativado.

Bateria de smartphone com modo escuro ativado

Foto: Sten Ritterfeld/Unsplash

Novos apps de bateria

Ainda de acordo com os pesquisadores, a indústria se precipitou ao disseminar que o modo escuro ampliaria consideravelmente a autonomia dos smartphones. Isso porque o mercado ainda não contava com ferramentas precisas para medir o consumo de bateria por pixels.

Não à toa, o recente estudo incluiu testes de uma ferramenta própria desenvolvida pelos especialistas: o Per-Frame OLED Power Profiler. Segundo eles, o software é bem mais preciso do que os outros aplicativos disponíveis no mercado, já que leva em conta demandas de conteúdo exibidas na tela ao calcular a energia usada ao longo do tempo.

É certo que a pesquisa incluiu uma gama limitada de variáveis — apenas os modelos Pixel 2, 4 e 5, além do Moto Z3 — e novos testes com iPhones devem reforçar a tese dos especialistas.

No entanto, o estudo traz um dado relevante para quem encontra formas de fazer seu celular durar o dia todo. E novas informações devem surgir em breve, já que Hu e sua equipe preparam o desenvolvimento do aplicativo Android Battery +, que será baseado neste trabalho.

Fonte: Notebookcheck

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