Por meio de uma postagem em seu blog oficial, a Meta anunciou que está testando a capacidade de usuários de utilizarem o Messenger diretamente do app do Facebook – sim, também sentimos o déjà vu: já se passaram nove anos desde que o Messenger era exatamente assim e a empresa (na época, chamada “Facebook Inc.”) decidiu removê-lo para incentivar o uso de um app dedicado.

A ideia da Meta, segundo o post, serve para complementar uma mudança de foco do Facebook: ao invés de uma rede social para você se conectar a amigos e familiares, agora a plataforma quer se posicionar como uma ferramenta de descoberta de conteúdo. Internalizar o Messenger permitirá que você compartilhe tais conteúdos mais rapidamente com seus contatos. A intenção sinaliza uma concorrência contra o TikTok.

Imagem mostra um homem conversando pelo Messenger

Imagem: Kaspars Grinvalds/Shutterstock

 

“Ao contrário do que dizem alguns relatos, o Facebook não está nem morto, nem morrendo, mas de fato está vivo e crescendo, com 2 bilhões de usuários ativos. As pessoas estão usando o Facebook para mais que se conectar com seus entes queridos, mas também para descobrir [conteúdo] e se engajar com o que lhes é mais importante.” – Tom Allison, head geral do Facebook

Em outras palavras: sabe quando você vê um vídeo interessante no Reels do Instagram ou na For You Page do TikTok e envia o material via DM para seus amigos? A Meta quer isso, só que no Facebook. Há nove anos, a justificativa para tirar o Messenger do Facebook foi a de “permitir que a empresa se concentrasse no desenvolvimento dos dois apps separadamente”.

Apenas para se contemplar: há nove anos, o Foursquare ainda tentava empurrar o Swarm como um app de check-in e geolocalização de lugares, e o Windows Phone ainda era concorrente ao Android e iOS. Poucos anos depois, a Meta ainda viria a desvincular o Messenger do acesso ao Facebook via navegador móvel e, mais recentemente, em 2020, a empresa integrou as mensagens privadas entre o Facebook e o Instagram.

A postagem assinada por Allison não deixa claro se o app dedicado do Messenger ainda vai continuar ativo nem tampouco como a Meta fará para desligá-lo caso decida que não, mas a ideia certamente vai encontrar aprovação entre alguns usuários de smartphones com menos armazenamento disponível – há nove anos, uma das principais reclamações da ação da Meta era justamente a de sermos forçados a baixar mais um app para atender a uma função que o Facebook, sozinho, já dava conta.

Por ora, nada muda: o Messenger – via app dedicado – ainda é o formato padrão de acesso às mensagens privadas recebidas entre perfis no Facebook. A internalização do Messenger na rede social ainda está em fase de testes, mas Allison já garantiu que tais testes vêm encontrando resultados satisfatórios e devem ser expandidos.

Sua vez, TikTok…

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