Após a Meta ter aceitado desembolsar US$ 725 milhões para acabar com a ação judicial dos usuários do Facebook em dezembro, o caso Cambridge Analytica voltou à tona, agora sob o  pedido de investidores da própria holding de Zuckerberg. O grupo quer que um processo que acusava a então matriz de ocultar a grave violação de privacidade a qual permitia a coleta de informações pessoais de usuários da rede social por uma empresa de consultoria política seja reavivado.

Cambridge Analytica: investidores da Meta querem reavivar ação coletiva contra Facebook

Imagem: Gil C/Shutterstock.com

O pedido feito ao Tribunal de de Apelações da Circunscrição dos Estados Unidos, em São Francisco, aconteceu durante as discussões orais na quarta-feira (9). De acordo com os investidores, a matriz os enganou em 2016 ao descrever as violações de dados como um mero “risco”, quando sabia que a Cambridge Analytica havia acessado os dados de até 87 milhões de usuários.

Eles argumentam ainda que tiveram perdas em julho de 2018, quando viram o preço das ações do Facebook despencarem após o anúncio da empresa sobre a queda no crescimento dos usuários após a magnitude da violação ter se tornado pública.

O advogado dos investidores da Tom Goldstein disse a três juízes que a decisão de Edward Davila deveria ser revertida porque o Facebook havia diminuído as notícias e não havia tomado medidas duras. Em 2020, o juiz do distrito americano decidiu que as declarações do Facebook não eram falsas, já que em 2015 o uso de dados pela Cambridge Analytica já tinha sido notícia.

Caso Cambridge Analytica: investidores da Meta querem reavivar ação coletiva contra Facebook

Imagem: Uclqpbu/Wikimedia/Unsplash

Em defesa, o advogado da Meta Joshua Lipshutz contra-argumentou que a empresa havia revelado adequadamente que os ciberataques haviam ocorrido e ocorreriam no futuro. Ele adicionou ainda que mesmo havendo declarações equivocadas, os investidores ainda deveriam mostrar que a Meta tinha intenções erradas. “Não é plausível que a empresa estivesse tentando enganar o público sobre algo que o público já sabia”, disse ele.

Ao Facebook, o escândalo custou US$ 5 bilhões em penalidades às autoridades norte-americanas.

 

Via Reuters

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