iPhone 14: mais de 9 mil sites falsos com golpes são descobertos

Nesta quarta-feira, 7 de setembro, a Apple irá apresentar ao mundo sua nova linha de smartphones, o iPhone 14. A notícia anima os fãs de tecnologia. Mas quem também cresce os olhos em momentos como este são os cibercriminosos, que aproveitam a oportunidade para aplicar golpes.

Em 15 dias de monitoramento, a Kaspersky identificou quase 9 mil sites de phishing com ofertas falsas do novo celular da Apple. Segundo a análise, os golpistas têm basicamente dois objetivos: roubar dinheiro com vendas falsas e/ou roubar as credenciais do Apple ID dos usuários.

Bloqueios de phishing com os temas Apple e iPhone entre 10 e 25 de agosto de 2022 – Imagem: Kaspersky

“Esta mesma técnica foi usada antes do lançamento do Playstation 5 e dos filmes da Viúva Negra e Homem Aranha 3, pois os criminosos sempre estão buscando por temas que irão atrair o maior número de vítimas potenciais”, lembra Fabio Assolini, chefe de pesquisa da Kaspersky para a América Latina.

“Se a pessoa estiver desatenta, ela irá cair no golpe e apenas uma proteção que bloqueie o acesso ao site falso poderá evitar o prejuízo. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam reconhecer uma fraude rapidamente”, completa.

Especialistas dizem que a tática é muito comum na quinzena que antecede um grande evento como o da Apple. Normalmente, golpes criados próximos ao lançamento de um novo celular oferecem a pré-venda ou até a venda efetiva do aparelho em uma página falsa. Depois de inserir os dados do cartão para pagamento, a vítima tem não só as informações roubadas pelos golpistas, como a compra é debitada em sua fatura e, claro, nunca receberá o produto.

Outro foco dos criminosos é roubar credenciais do Apple ID de usuários. Para isso, criam páginas falsas que imitam o site de login padrão da Apple, pedindo e-mail e senha. Ao preencher as informações, as vítimas perdem acesso a todos seus serviços da empresa, como App Store, iCloud, etc. Mais do que isso, os golpistas podem ter acesso a todos endereços de e-mail e senhas de login salvas no “preenchimento automático”.

Exemplo de página falsa (phishing) para roubar Apple ID – Imagem: Kaspersky