Quem é que não quer segurança?
Vivemos constantemente na busca por ambientes confiáveis em que possamos nos sentirmos seguros. Não há experiência mais incrível do que você estar em um lugar e não sentir medo ou ter receio de gente mal-intencionada. Isso vale não só para o ambiente físico, mas também para o online.

Engana-se quem achou que migrar a vida para o mundo digital estaria livre de crimes como furtos e sequestros. Pelo contrário, no ambiente online, somos “dados” e “comportamentos”, deixamos rastros por onde quer que passamos, seja durante uma compra online, uma transação bancária ou até mesmo enquanto conversamos com alguém por meio das redes sociais, ou seja, o cuidado deve ser redobrado.

Investir em cibersegurança não é uma opção, mas uma necessidade

Imagem: Fly:D/Unsplash

Estar atento com as informações que compartilhamos, principalmente, com quais empresas nos relacionamos digitalmente e consentimos o controle dos nossos dados fazem toda a diferença para nossa segurança. Assim, é possível evitarmos situações muito desagradáveis. Quem nunca né?

Podemos evitar esses dissabores com checagem prévia, informação e  investimento em  cibersegurança!

Trazendo o assunto agora para o mundo corporativo, em especial às empresas que lidam com consumidores e dados sensíveis, o desafio é enorme. Investimentos intermináveis em processos, governança, treinamentos, tecnologia e sistemas de cibersegurança que garantam a segurança dos dados são temas que permeiam diariamente a agenda executiva das companhias. Tudo gira em torno de pessoas e uma equipe bem treinada para saber lidar com qualquer vulnerabilidade deve ser o primeiro passo.

O Brasil bateu recorde em ciberataques. O país sofreu entre 1º de janeiro e 3 de agosto de 2021 mais de 439 mil ataques cibernéticos, 7,1% de um total de 6,4 milhões realizados em todo o mundo, e assumiu a segunda posição entre os maiores alvos globalmente, atrás apenas dos Estados Unidos, que lidera o ranking com mais de 1,33 milhão (21,7%), segundo um relatório da empresa especializada Netscout.

Dados da Checkpoint Research mostram que a média de ataques cibernéticos no segundo trimestre de 2022 teve aumento de 46%, uma diferença de 14% da média global, de 32%. Isso é grave, preocupante e as empresas precisam estar dispostas a combater esses ataques.

É necessária uma cultura de cibersegurança

As últimas notícias de ataques cibernéticos demonstram que nossos dados estão vulneráveis. Nos últimos meses, grandes varejistas do país bem como órgãos públicos foram alvos desses criminosos.

Apesar desses ataques aconteceram no mundo todo e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exigir das instituições prioridade na segurança de dados, investir em cibersegurança ainda é um desafio por aqui. Isso porque as empresas só percebem que precisam fazer algo quando acontece uma invasão ou receberem algum tipo de ameaça. E é essa falta de cultura em segurança e mão de obra especializada que acaba deixando o Brasil como um lugar propício para ataques.

Para ter uma ideia cerca de 70% das empresas no país não têm equipes dedicadas exclusivamente à segurança cibernética, de acordo com uma pesquisa da Mastercad/Datafolha.

Segundo o levantamento da Tempest, feito em parceria com o Datafolha, 82% das empresas contam com até cinco funcionários dedicados à cibersegurança. Entre as grandes empresas, com mais de 500 funcionários, 60% têm uma equipe desse porte, sendo 36% com três a cinco pessoas e 24% com até duas.

pesquisadores de segurança

Imagem: Shutterstock

Será que estamos totalmente preparados para lidar com os diversos ataques que ainda podem acontecer? Indivíduos mal-intencionados que aproveitam de qualquer tipo de vulnerabilidade para invadir uma rede estão nos lugares onde menos esperamos. Depois que acontece lidar com isso é muito custoso para as empresas.

O investimento em cibersegurança é necessário, não tem mais discussão, tem que ser preventivo, pois o gasto para recuperar o que foi perdido será muito maior.

Segurança deve ser prioridade

Comecei o texto dizendo que todos gostam e querem segurança e concluo afirmando que cibersegurança deve estar entre os assuntos prioritários de qualquer empresa. Já não é opção e sim uma necessidade!

É claro que a implantação de cibersegurança nas empresas é um desafio. Acredito que falaremos e discutiremos muito sobre o tema ainda, pois na medida que os investimentos e dispositivos de defesa das empresas são implementados, crescem também a criatividade dos invasores. Vamos ficar muito atentos, como dizia minha querida vó: “seguro morreu de velho”.

 

Metaverso: muito além de um balcão de negócios para dívidasEric Garmes é formado em Direito pelo Instituição Toledo de Ensino (ITE), em Bauru/SP. Executivo é focado em relacionamento com cliente, gestão financeira, inovação, cultura organizacional, experiência do cliente e liderança. Atualmente é vice-presidente da Paschoalotto, empresa de relacionamento omnichannel. 

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