O Google e iHeartMedia estão sendo processados pela Comissão Federal de Comércio (FTC) e mais sete estados norte-americanos por veicularem anúncios “enganosos” do celular Pixel 4, usando influenciadores de rádios para promover o aparelho entre os anos 2019 e 2020.

O comunicado da FTC cita que as duas empresas usaram declarações enlatadas como roteiro. No documento da FTC é possível ouvir gravações como “É minha câmera telefônica favorita lá fora, especialmente com pouca luz, graças ao Modo Visão Noturna”, “Tenho tirado fotos de tudo em estúdio” e “Também é ótimo para me ajudar a fazer as coisas, graças ao novo Assistente Google ativado por voz que pode lidar com várias tarefas ao mesmo tempo”, usados para promover a linha dos aparelhos.

Google é processado por publicidade enganosa do Pixel 4

Imagem: Wikimedia/Unsplash

Entretanto, os contratados para os anúncios nunca haviam usado os modelos da linha Pixel antes da gravação e veiculação dos anúncios, alega a ação judicial.

Anúncios enganosos por milhões de dólares

Para promover os quase 29 mil anúncios, supostamente o Google pagou US$ 4,6 milhões — US$ 2,6 milhões ao iHeartRadio e mais US$ 2 milhões “para conexão com onze redes de rádio menores”.

“É de senso comum que as pessoas coloquem mais valor em experiências em primeira mão”. Os consumidores esperam que os anúncios de rádio sejam verdadeiros e transparentes sobre os produtos, e não enganosos com endossos falsos”, disse a Procuradora Geral de Massachusetts Maura Healey.

Além da multa de US$ 9,4 milhões ao Google e à iHeartMedia, a FTC e os julgamentos estaduais, que fazem as alegações, proíbem ambas as empresas de veicularem anúncios similares no futuro.

Google também teria abordado DJs de rádios no passado

A recepção morna de críticos e consumidores em relação à linha Pixel e o modo Google para aquecer as vendas dos aparelhos não é inédita. Em janeiro, a gigante das buscas sofreu um processo movido pelo procurador geral do Texas Ken Paxton. Ele alegou que a empresa forçou oito DJs influentes de rádio a mentirem sobre suas experiências usando o Pixel 4 em 2019.

Assim como o caso recente, a ação cita exemplos de scripts a partir de uma perspectiva de primeira pessoa como “Tenho tirado fotos em estúdio de tudo… o jogo de futebol do meu filho… uma chuva de meteoros… uma rara coruja manchada que pousou no meu quintal…”.

Uma nova rodada de anúncios foi arriscada pelo Google em 2020, após o processo de Paxton não chegar ao tribunal.

“Vamos rever a reclamação, mas as alegações do PG parecem deturpar o que ocorreu aqui. Levamos a sério o cumprimento das leis de publicidade e temos políticas em vigor destinadas a ajudar a garantir o cumprimento dos regulamentos e padrões da indústria relevantes.”, disse na ocasião o porta-voz do Google, José Castañeda, em uma declaração.

 

Via Android Authority

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