Na década de 1980, os jogos baseados em texto eram bastante populares. Um dos produtores desses títulos era Harry McCracken, que desenvolveu “Arctic Adventure” quando tinha 16 anos. O título tinha inspiração no trabalho do cartunista Scott Adams.

Como era comum na época, o game foi distribuído na forma de um livro com outras produções. Isso era bastante utilizado. Era como um sistema “digite” seu próprio jogo no TRS-80.

No entanto, hoje, após 40 anos, o jogo simplesmente não existe em nenhum dos emuladores do sistema. Isso fez com que McCracken ficasse se perguntando o que aconteceu.

“Conheço apenas menções contemporâneas sobre o jogo na internet, e nenhuma evidência de que alguém o tenha jogado. Parece justo chamá-lo de jogo perdido – que eu mesmo perdi até recentemente”, afirmou o desenvolvedor.

Na época da produção, McCracken foi pago pelo jogo, mas nunca recebeu uma cópia do livro. Um tempo depois do lançamento, um dos envolvidos com a empresa de softwares em que ele lançou o game apenas disse que a produção possuía um bug que tornava o jogo invencível.

“Décadas depois, não perdi muito tempo pensando no ‘Arctic Adventure’, mas nunca esqueci o fato de que não tinha recebido um exemplar do livro. Graças à internet, acabei adquirindo um. Mas digitar cinco páginas e meia de código pareciam uma eternidade, mesmo que fosse algo que eu escrevi”, comenta McCracken.

Descoberta preocupante no jogo

No entanto, depois de algumas horas de trabalho, ele finalmente conseguiu terminar de digitar o código. Foi quando fez uma descoberta alarmante: o jogo era impossível de jogar, já que não funcionava.

Ele encontrou um erro de digitação no código, em que um “0” estava faltando em uma linha de comando. O que tornava o game inoperante. McCracken não sabe se isso foi um descuido seu ou do editor do livro, que acidentalmente removeu o caractere.

“Se você digitou ‘Arctic Adventure’ em seu TRS-80 naquela época e não conseguiu fazê-lo funcionar, peço desculpas”, diz.

Agora, o desenvolvedor resolveu a questão e tornou o título compatível com os emuladores de TRS-80 disponíveis atualmente. A produção pode não ser uma parte crucial da história dos games, mas levanta questões interessantes sobre como a memória pode se perder por um simples erro.

“Em vez de tentar preservar ‘Arctic Adventure’ em sua forma original ou reimaginá-lo, decidi que era meu game e não havia nada de errado em continuar a desenvolvê-lo após um intervalo de quatro décadas – especialmente porque não está claro se alguém conseguiu colocá-lo em funcionamento em 1981”, finaliza o programador.

Via: PC Gamer

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