Um dos maiores acertos da Netflix em termos de adaptações é, sem dúvidas, a franquia Castlevania. Depois de uma série animada excepcional de quatro temporadas, é hora de expandir ainda mais a riquíssima mitologia da saga com Castlevania: Noturno, uma nova animação dividida em oito episódios de qualidade igual ou superior à sua antecessora.

Ambientado na França, Castlevania: Noturno se passa 300 anos depois dos eventos da série anterior, mais precisamente em 1792 — auge da Revolução Francesa. Aqui, Richter é o novo representante do clã Belmont, a família de caçadores de vampiros responsável por derrotar Drácula e seus seguidores.

Com apenas dezenove anos, o jovem Richter vive com a feiticeira Tera Renard e sua filha Maria, as quais ele considera como família. Os três moram nos arredores de uma cidade onde a aristocracia prospera em cima da desigualdade social, e para piorar a situação, cada vez mais vampiros começam a surgir na região.

[Crítica] Castlevania: Noturno é um presente e prepara terreno para um futuro grandioso
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Eis que Richter e Maria conhecem a feiticeira caribenha Annette e o cantor de ópera Edouard. Os quatro se unem para, não apenas unir o povo em prol da revolução contra a burguesia, mas também para investigar uma aliança macabra entre os humanos e a poderosa e aterrorizante Vampira Messias, também conhecida como “Devoradora do Sol”.

Esta é apenas a premissa básica de Castlevania: Noturno, que se baseia de forma leve no jogo Castlevania: Rondo of Blood (e um pouquinho em Castlevania: Bloodlines também), e traz uma expansão impressionante dessas histórias, entrelaçando-se de forma brilhante à Revolução Francesa para entregar não apenas um contexto histórico importante que se reflete nos temas da nova série (“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”), mas principalmente para apresentar e desenvolver os personagens principais sob perspectivas mais humanas, interessantes e realistas.

“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”

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Usar a Revolução Francesa como pano de fundo é uma cartada brilhante de Castlevania: Noturno, visto que a desigualdade (social e racial) imposta pela série é um dos pilares de sua trama. Isso não apenas faz com que esse universo de vampiros e demônios fique mais próximo do mundo real em termos históricos, como também aproxima o espectador das mensagens que a animação quer transmitir, com personagens e temas que ressoam com o mundo moderno.

E embora os personagens principais não sejam exatamente líderes revolucionários, Castlevania: Noturno trabalha muito bem o desenvolvimento destas figuras, mostrando a vulnerabilidade de um guerreiro durão como Richter; a empatia e o senso crítico de uma jovem como Maria; e a sensibilidade de uma mulher destemida como Annette.

Um detalhe que, pessoalmente, abrilhantou ainda mais Castlevania: Noturno foi a expansão religiosa e cultural apresentada na nova série. A franquia, até então focada primariamente no catolicismo, embarca em novas searas e abraça divindades africanas, por exemplo, enriquecendo ainda mais esse mundo.

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A série também vai além ao expandir o papel da vilã Erzsebet Bathory com elementos inéditos ao invés de fazer a personagem ser somente mais uma versão da conhecida “Condessa de Sangue”  — ou pior, transformá-la na “sobrinha de Drácula” como os jogos fazem. Entretanto, detalhar o que são essas características estragaria a surpresa.

Também é preciso destacar personagens secundários como o vampiro asteca Olrox (de Castlevania: Symphony of the Night) e a general vampira Drolta Tzuentes (que está presente em Castlevania: Bloodlines também), que sempre roubam a cena quando aparecem, seja por causa de suas ações ou por conta de seus respectivos e marcantes visuais.

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Ainda assim, Annette e Edouard representam verdadeiramente o coração de Castlevania: Noturno. Além de tornarem o rol de protagonistas ainda mais especial, vale apontar que a reformulação de Annette é um dos pontos altos da série. Ela não apenas é uma personagem mil vezes mais interessante e cativante do que sua contraparte nos jogos, mas também tem um papel essencial em toda a trama, ao lado do inédito e belíssimo Edouard.

Castlevania: Noturno vale a pena?

Muito. Sem dúvidas. Bastante!

E antes que você pergunte, não: não é necessário assistir à série animada anterior para embarcar em Castlevania: Noturno. Mas se você quiser ter uma experiência mais completa, é recomendável conferir tudo — seja antes ou depois.

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Castlevania: Noturno tem uma história e personagens repaginados bastante acessíveis para novos espectadores, mas as referências (e surpresas) certamente vão deixar os fãs veteranos muito satisfeitos.

Além de tudo, a animação é bonita, empolgante e épica, mostrando sequências de batalhas incríveis com bastante sangue e violência, e seguindo com um ritmo equilibrado que alterna entre doses de ação e não ação. 

Por último, mas não menos importante, Castlevania: Noturno prepara terreno para um futuro grandioso e bastante aguardado pelos fãs da franquia. E, honestamente, mal posso esperar para que a série seja renovada.

O TecMasters assistiu Castlevania: Noturno de maneira antecipada por meio da Netflix. Os 8 episódios estreiam na Netflix nesta quinta-feira (28 de setembro), e têm cerca de 25 minutos de duração, cada.

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