A Comissão Europeia está de olho no mercado de jogos, e pede por maiores cuidados em relação à proteção de crianças e jovens consumidores na hora de desenvolver seus videogames, de acordo com matéria veiculada pelo Games Industry.

Segundo o site, é desejo de especialistas da comissão que as desenvolvedoras e publishers do setor evitem o uso do que chamaram de “elementos viciantes” na hora de criar um novo jogo, bem como levar em consideração a idade, os direitos e o grau de vulnerabilidade relacionado ao público infantil.

Imagem mostra desenhos simbolizando a microtransação em jogos, um ponto criticado pela comissão europeia

Imagem: MarrieVisual/Shutterstock

A premissa veio por meio de uma votação que pode tomar uma essência mais prática em um futuro próximo: em uma sugestão majoritariamente aprovada pelos votantes da comissão europeia, o órgão divulgou um rascunho de um documento que visa “orientar” desenvolvedoras a evitarem elementos como loot boxes e outras políticas de microtransações.

O documento em questão ainda vai mais longe, pedindo que os jogos – ao menos na Europa – passem a ter uma espécie de controle parental facilitado, a fim de evitar que crianças acabem gastando dinheiro de forma indevida, por exemplo, na aquisição de skins, armas e personagens em jogos onde a aquisição destes itens depende da transação com dinheiro real.

Ainda, outro ponto levantado pelos votantes foi a investigação da possível relação entre a troca de itens por dinheiro dentro de jogos e problemas globais majoritários, como o tráfico de pessoas e crimes financeiros de larga escala.

“A Comissão Europeia quer se certificar que os desenvolvedores de jogos evitem o design altamente adictivo e levem em consideração todos os aspectos da vida de uma criança” – trecho de documento votado pela CE

Segurança de dados também é exigência da Comissão Europeia

Outro ponto abordado pela documentação tem a ver com a segurança de serviços online oferecidos a jogadores e a consumidores de outros mercados: é entendimento da Comissão Europeia que, hoje, as empresas que trabalham com setores que envolvam os dados dos cidadãos ainda não ofereceram respostas satisfatórias a diversos questionamentos feitos sobre gerenciamento de informações e a oferta delas para parceiros sem o conhecimento dos proprietários.

“Cancelar assinaturas de serviços de jogos deveria ser tão fácil quanto começá-las, bem como o reembolso e a devolução de materiais gastos, que devem estar em concordância com as regras estabelecidas pela União Europeia e autoridades nacionais – estas devem colocar um fim às práticas ilegais que permitem a troca, venda ou aposta de sites de jogos.”

Como forma de coibir a prática, a Comissão estuda criar uma espécie de “premiação anual” aos moldes do Game Awards, mas que recompense não os jogos em si, mas sim as empresas do setor que facilitem a criação destes recursos.

via Games Industry

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