Uma atualização problemática do jogo Resident Evil Revelations foi revertida pela publisher japonesa Capcom, segundo comunicado distribuído pela empresa após muitas, muitas reclamações dos jogadores na Steam.

Isso porque o update instalava um software de gestão de direitos autorais (DRM) chamado “Enigma Software” que, por sua vez, trouxe vários problemas à versão do jogo para PC, indo desde queda na taxa de quadros (fps) até a inutilização de mods instalados pelos jogadores.

Imagem mostra cena de Resident Evil Revelations

Imagem: Capcom/Divulgação

“Devido a um problema observado na mais recente atualização [para Resident Evil Revelations], nós decidimos reverter o processo de update. Nós pedimos desculpas pela inconveniência que isso causou e, assim que o assunto for resolvido, vamos relançar a atualização. Muito obrigado pela sua paciência e cooperação.” – Capcom, via Steam

A atualização foi disponibilizada na semana passada, mas de lá até aqui, muitos jogadores do título originalmente lançado em janeiro de 2012 relataram os problemas citados mais acima, além de vários outros, pertinentes à inicialização ou a progressão de cenas. Um usuário especificamente reclamou do jogo passar a rodar “como um vídeo do YouTube carregando em internet discada” – um problema normalmente causado por processamento de quadros.

O resultado: já faz uma semana que Resident Evil Revelations vem sofrendo o que a indústria chama de review bombing, ou seja, quando jogadores conseguem deixar comentários opinativos sobre um jogo em certas plataformas – a Steam abre essa possibilidade para usuários cadastrados.

Já não é de hoje que a Capcom vem assumindo uma postura mais problemática em relação à implementação de softwares de DRM em seus jogos: além de Resident Evil Revelations, outros jogos que contam com o Enigma Protector instalado incluem Mega Man Battle Network Legacy Collection e o remaster de Ghost Trick: Phantom Detective. Antes disso, contudo, a empresa já havia atraído a ira dos fãs ao usar o software conhecido como “Denuvo” – um nome cuja mera menção faz gamers perderem a compostura.

Ano passado, a Capcom chegou a comparar o uso de mods em seus jogos à prática de trapaças – e adotar medidas que coibissem a instalação deles. Obviamente, o generalismo da Capcom não agradou a comunidade: existe uma diferença entre usar softwares de trapaças em títulos competitivos (como programas de ajuste de mira em Call of Duty) e instalar softwares editados que apenas brincam com a gameplay de um jogo (tipo “tornar o Dragonborn invencível em Skyrim).

E isso não é nem levando em consideração a opinião da empresa de que jogos deveriam ser mais caros

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