O Twitter colocou de volta ao ar diversos serviços de prevenção a suicídio e outros auxílios psicológicos, após uma matéria da Reuters revelar que todos estavam indisponíveis para uma “reformulação tecnológica”, informou a rede social à agência.

A matéria foi ao ar na última sexta-feira (23), com o Twitter dizendo que a expectativa de retorno era para algo perto de uma semana da data. Ontem (27), no entanto, os serviços já estavam em pleno funcionamento, segundo uma nota subsequente, também produzida pela Reuters.

Twitter na App Store

Imagem: DVKi/shutterstock.com

Há muitos anos, o Twitter inaugurou canais de acesso a plataformas de auxílio psicológico para usuários que sofressem de depressão ou outros distúrbios que lhes pudessem causar algum mal. A ideia era compensar a impressão pública de que a rede social abrigava perfis abusivos, o que pode levar a um impacto extremamente negativo e perigoso para quem é afligido por quadros clínicos do tipo.

Desde o dia 23, no entanto, a Reuters havia revelado que a rede social tirou tudo do ar. Procurando saber mais pelos canais oficiais, a agência falou com Ella Irwin, chefe de Segurança e Confiabilidade do Twitter, que confirmou que a paralisação temporária era para que a empresa pudesse “consertar e revitalizar” os comandos da área, e que tudo voltaria ao normal na semana seguinte.

Cumprindo a promessa, ontem, a mesma Reuters noticiou o retorno das funções.

Os recursos de proteção do Twitter não são uma ferramenta de auxílio psicológico, mas a rede social implementou medidas para que o devido socorro possa ser procurado pelas pessoas por meio de sua estrutura tecnológica.

Conhecido como pela hashtag “#ThereIsHelp” (“#ExisteAjuda”, no bom português), o serviço tem benesses como posicionar em destaque perfis e canais facilitadores de ajuda para quando usuários buscam por termos específicos, como informações sobre HIV, depressão e relacionados. A ideia é que o Twitter identifique esses termos e manobre os resultados para mostrar informações de órgãos verificados de saúde, bem como caminhos para que quem queira, possa buscar ajuda.

Segundo a Reuters, no entanto, a restauração ainda não é plena: enquanto ela parece funcionar normalmente para assuntos como suicídio e automutilação, outras tags ainda não apresentam a mesma ajuda de outrora, como buscas pelo já citado HIV. Neste caso, o Twitter não respondeu as informações divulgadas.

De acordo com Irwin, porém, o Twitter está buscando inspiração no Google, a quem elogiou em sua prática de coibir a veiculação de discursos que possam levar a malefícios de pessoas com distúrbios do tipo. Vale citar: embora o Twitter tenha regras específicas de banimento para usuários que publiquem conteúdos nocivos, grupos especializados em psicologia argumentam que muitas destas contas acabam “voando abaixo do radar”, passando pelo crivo da rede social.

Ainda não há informação de quando a função #ThereIsHelp voltará de forma plena.

via Reuters (1) (2)

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