Com o agravamento do conflito entre Israel e Hamas visto nas últimas semanas, o Telegram se viu forçado a bloquear canais usados pelo grupo de militantes islâmicos da Palestina. A decisão, no entanto, foi motivada por diretrizes do Google.

Como reportado pela CNBC, o app mensageiro bloqueou ao menos dois canais (hamas_com e al-Qassam brigades) usados pelo Hamas — embora outros canais usados pelo grupo, como Gaza Now, ainda permanecem acessíveis —, que agora exibem uma mensagem de erro ao serem abertos.

O mais curioso de tudo isso é que os bloqueios afetam somente usuários Android. Logo, as mensagens de erro aparecem apenas a usuários que baixaram o app pela Play Store. Em outros sistemas operacionais, no entanto, os canais seguem ativos.

O motivo disso? O Telegram atribui os bloqueios às diretrizes do Google. O CEO da rede até estava hesitante em tomar a decisão, visto que os canais bloqueados do Hamas também eram usados para coberturas da guerra ou para avisar civis sobre ataques de Israel.

No entanto, estes canais também eram usados pelo braço militar do Hamas para divulgar vídeos de ataques, segundo a Human Rights Watch. E de acordo com um porta-voz do Google citado anonimamente pelo The Verge, a big tech proíbe conteúdo violento “relacionado ao terrorismo” dentro de apps.

Telegram

Imagem: xlaura/Shutterstock.com

Telegram se junta a outras redes sociais no boicote

Importante lembrar que o Telegram não foi a única rede social a adotar medidas contra o Hamas. A Meta, por exemplo, afirma que baniu o grupo de todas as plataformas controladas pela empresa.

O X (antigo Twitter) seguiu por um caminho parecido e excluiu centenas de contas vinculadas ao Hamas. Enquanto isso, o TikTok reforçou a segurança de sua plataforma para evitar que conteúdos violentos sejam exibidos.

Até o momento, no entanto, nenhum bloqueio contra contas das forças armadas de Israel foi anunciado.

Via: The Verge

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