Super PC quebra recorde ao resolver problema milenar de matemática

Os mais simpáticos por matemática certamente lembram do número Pi; os menos chegados vão lembrar agora. Pi = 3,14… alguma coisa. Lembrou? Valor da divisão do comprimento de um círculo pelo seu diâmetro – a distância de uma ponta a outra. Complicado? Talvez, mas isso é que menos interessa agora.

A novidade é que um PC de alta performance precisou de dois processadores AMD Epyc 7542 acoplados a 1 TB de memória RAM e um disco rígido de 16 TB para, ao resolver este problema de matemática milenar, acrescentar 12,8 trilhões de novos dígitos ao número Pi. Com o cálculo recorde, o valor passa agora a ter um total de 62,8 trilhões de dígitos no total.

De acordo com os dados divulgados, o computador foi capaz de concluir o cálculo de Pi com uma precisão de 62.831.853.071.796 dígitos. O recorde anterior era de 50 trilhões de dígitos.

A equipe de pesquisadores suíços responsável pelo feito aguarda a verificação para entrar no Guinness World Records. Só então o número inteiro será divulgado publicamente.

PC foi capaz de concluir cálculo de Pi com precisão de 62.831.853.071.796 dígitos – Imagem: Shutterstock

3,1415… “recorde”

Não é de hoje – aliás, é de séculos – que matemáticos tentam calcular os dígitos no número Pi com máxima precisão possível. Mais um pouco de matemática: o Pi é um número número irracional, sabe o que isso significa? Que ele nunca poderá ser representado com precisão máxima. Essa loucura de números virou referência para a computação de alto desempenho – além de uma competição entre mentes pra lá de inteligentes.

Claro, quais as chances de que os 12,8 trilhões de dígitos do número Pi sejam usados para alguma aplicação prática. De qualquer forma, para os pesquisadores suíços, a conquista mostra a capacidade dos sistemas de computação de alta performance e seu potencial para ser usado em outras áreas de pesquisa.

“O cálculo mostrou que estamos preparados para o uso intensivo de dados e computação em pesquisa e desenvolvimento”, disse Thomas Keller, gerente de projetos da Universidade de Ciências Aplicadas dos Grisões.