A Samsung estima que deve lançar, em um espaço de 10 anos, dispositivos de armazenamento que cheguem à casa dos petabytes. Segundo a sul-coreana, já existem recursos atuais que, se aplicados da maneira correta – e com um pouco de paciência – nos permitirão chegar, eventualmente, nesse patamar.

A empresa conta especificamente com dois fatores: a miniaturização de nódulos e o aumento de camadas nos cartões e chips de armazenamento. Esses dois pontos já têm uma atuação forte por parte da Samsung – os chips NAND atuais, com cerca de 230 camadas, são fabricados em parte por ela. A ideia, no entanto, é que um eventual “SSD de um peta” tenha em torno de mil camadas.

Imagem mostra um SSD da Samsung

Imagem: Samsung/Divulgação

Outro ponto é a densidade por bits: os dispositivos atuais vêm em um formato conhecido como QLC (células de quatro níveis) – essencialmente, quatro bits de memória por célula de armazenamento. A Samsung antecipa criar o PLC (“penta” nível) e o HLX (“hexa” nível). Essa é a parte mais complicada, devido à delicadeza do processo de manufatura.

E vale lembrar: o QLC vem nos SSDs mais avançados, tá? Os comerciais de base ainda são TLCs (ou três bits por célula).

A Samsung afirmou à A&SMag que já está pesquisando como ampliar os níveis, camadas e melhorar processos de miniaturização de módulos, mas por ser um projeto ainda em estágios primários, ela não pode dar muitos detalhes. É bem provável que qualquer resultado disso seja uma tecnologia proprietária dela, então é natural que ela mantenha um certo segredo.

Mas o timing a favorece: uma pesquisa da TrendForce indica que os discos de estado sólido – os SSDs – estão ficando cada vez mais baratos, reduzindo preços entre 13% e 18% dependendo da região somente neste primeiro trimestre de 2023. A expectativa da organização é que o segundo trimestre veja uma redução de 5% a 10% em cima do que já havia caído.

E essa é uma tendência que vem se comprovando desde o final do ano passado, pelo menos…

Em outras palavras: à medida em que a tecnologia de armazenamento atual vai sendo barateada, o “próximo passo evolutivo” dela deverá estar pronto para que seja comercialmente viável já no momento em que a transição ocorrer – por essa razão, a Samsung estima resultados práticos dentro desta década – ou seja, os próximos 10 anos.

E você, já se vê com um PC de mil e vinte e quatro terabytes de capacidade?

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