No Reino Unido, os planos da Microsoft de concluir uma das maiores aquisições no mercado de games poderá atrasar ainda mais por determinações antitruste. Na quinta-feira (1º), reguladores exigiram concessões da Activision Blizzard e à empresa da Big Tech como forma de aliviar possíveis violações anticoncorrenciais.

Reino Unido vê preocupação em aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft

Imagem: PhoenixBlood/wallhaven.cc

O negócio de US$ 69 bilhões preocupa a Autoridade de Concorrência de Mercados (CMA), ao passo que isso possa vir a prejudicar rivais e restringir acesso aos títulos da Activision Blizzard. Ainda, há preocupação em relação ao mercado emergente de jogos em nuvem, que poderia ser asfixiado caso o negócio seja concluído com sucesso.

Ambas as empresas têm cinco dias para apresentar propostas que aliviem tais preocupações da autoridade, caso contrário, haverá uma intensificação das investigações mais minuciosas.

Em julho, fiscalizadores britânicos abriram um inquérito inicial contra a negociação para avaliar se a aquisição resultaria em uma “diminuição substancial da concorrência” no Reino Unido.

“Seguindo nossa investigação da Fase 1, estamos preocupados que a Microsoft possa usar seu controle sobre jogos populares como Call of Duty e World of Warcraft após a fusão para prejudicar rivais, incluindo rivais recentes e futuros em serviços de assinatura multijogo e jogos em nuvem”, disse a diretora sênior de fusões da Watchdog, Sorcha O’Carroll, em declaração à imprensa.

Por que a compra da Activision Blizzard é prejudicial à privacidade digital de consumidores?

Em resposta às investigações da CMA, a Microsoft disse estar pronta para abordar quaisquer preocupações da autoridade.

Compra da Microsoft sob escrutínio global

O maior negócio da indústria tecnológica enfrenta dificuldades reguladoras não só em terras britânicas, mas em todas as partes do mundo. Globalmente, fiscalizações de reguladores barram cada vez mais a conclusão da aquisição, somente a Arábia Saudita aprovou o acordo anunciado em janeiro.

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Imagem: FP Creative/Shutterstock

Da Nova Zelândia ao Brasil, reguladores ainda examinam a compra. Nos Estados Unidos, reguladores encorajados por Biden reforçam a aplicação das leis antitruste.

O exame intensificado vem em meio à sensação de que fusões como do Instagram e WhatsApp em anos anteriores foram tratadas de forma frouxa pelas autoridades responsáveis.

 

Via Associated Press

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