O que poderia vir depois da Internet das Coisas? Acredite, o futuro promete trazer a internet de “todas” as coisas; literalmente. Essa é a proposta mais recente (e promissora) da ARM, a designer britânica de processadores. A empresa apresentou esta semana o PlasticARM, um chip flexível que pode ser impresso diretamente em plástico, papel ou tecido e, melhor, custa apenas alguns centavos para ser produzido.

As possibilidades de aplicação são praticamente infinitas; uma verdadeira revolução anunciada. É possível imaginar, por exemplo, processadores flexíveis impressos em roupas e embalagens capazes de coletar, processar e transmitir dados pela internet em tempo real.

A ARM diz que a invenção criará uma nova “internet de tudo”, com chips integrados em mais de um trilhão de objetos na próxima década. “Não será rápido, não será eficiente em termos de energia, mas se vou colocá-lo em uma alface para monitorar a vida útil, essa é a ideia”, disse o engenheiro da ARM James Myers, em entrevista à NewScientist.

Por centavos, chip flexível pode trazer internet de “todas” as coisas

Chip flexível pode ser impresso em plástico, tecido ou papel – Imagem: PragmatIC

Chip flexível? Pra quê?!

“Ainda estamos procurando as aplicações, assim como os caras do processador original na década de 1970. Isso tem a ver com embalagens inteligentes? Serão sensores de gás que podem dizer se algo é seguro para comer ou não? Podem ser adesivos de saúde vestíveis, é um projeto divertido que estamos vendo”, completou Myers.

Este não é o primeiro chip flexível da história, mas é – sem dúvida – o mais poderoso já demonstrado. Em menos de 60 milímetros quadrados, o PlasticARM traz CPU Cortex-M0 de 32 bits, 456 bytes de armazenamento e 128 bytes de memória RAM. São mais de 18.000 portas lógicas que, segundo a ARM, promete performance até 12 vezes superior ao modelo flexível anterior.

Chip flexível da ARM ainda não pode ser comparado aos processadores rígidos de silício

Chip flexível da ARM ainda não pode ser comparado aos processadores rígidos de silício – Imagem: Nature

De qualquer forma, ainda não dá para comparar chips flexíveis impressos com processadores rígidos de silício. Por enquanto, apesar da evolução alcançada, os chips plásticos não são nada eficientes em termos de consumo de energia, densidade e desempenho.

De qualquer forma, a possibilidade de estar praticamente em qualquer coisa e por um preço muito mais barato que os chips atuais já promete… e muito.

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Jagger
23 de julho de 2021 15:38

Muito interessante e empolgante. The future is now