Nesta semana, El Salvador oficialmente tornou-se o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal. Agora, o Panamá cogita ser a próxima nação a tomar o mesmo rumo, mas com “extras”: o país prevê a adoção de diversas outras criptomoedas como moedas legais, por meio da nova “Lei de Criptografia”.

O principal defensor do projeto é o congressista panamenho Gabriel Silva. Em um de seus diversos tuítes sobre o assunto publicados, ele divulgou um vídeo, de pouco menos de um minuto, sobre a tal “Lei de Criptografia”. Um documento PDF de 35 páginas também foi compartilhado para melhor entendimento da iniciativa.

Panamá e as criptomoedas

Segundo o deputado, a tecnologia blockchain vai permitir que a administração pública seja mais transparente e eficiente. Além disso, ele acredita que o projeto vai trazer mais inovação ao Panamá, além de impulsionar a economia digital do país. Tudo isso resultará em três pontos específicos:

  • Regulamentação — O primeiro ponto mencionado por Silva é que a “Lei de Criptografia” vai trazer certeza e segurança jurídica dos criptoativos (em especial, as criptomoedas) no Panamá.
  • Investimentos — O projeto também visa atrair empresas e investimentos que ajudem a fomentar novos empreendimentos no país baseados na economia digital. Como resultado disso, o deputado cita melhores oportunidades e criação de empregos.
  • Serviços financeiros — Por último, o congressista panamenho acredita que a medida ampliará a quantidade de serviços financeiros ofertados no Panamá. A lógica é simples: mais instituições significa mais concorrência e, em tese, melhores preços para a população.

Riscos

O projeto significaria um grande avanço tecnológico para o Panamá, mas o cenário pode não estar dos melhores. Isso porque as criptomoedas, bem como os ativos digitais de modo geral, têm sofrido diversas restrições pelo mundo, especialmente por dúvidas em torno da segurança, valores reais ou questões ambientais.

Além disso, os riscos têm de ser considerados. A adoção das criptomoedas não eliminará as moedas balboa e dólar, utilizados no Panamá. No entanto, é preciso lembrar que ainda não existe um órgão regulador das moedas digitais e a oscilação dos ativos poderia impactar diretamente na economia do país.

Como o projeto ainda está em estágios iniciais, é possível que leve um certo tempo — assim como foi com El Salvador — até que se torne algo mais concreto. Aliás, os resultados que serão vistos em El Salvador poderão indicar se os caminhos devem ou não ser replicados no Panamá.

Fonte: TechSpot

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