A Epic Games tende a disponibilizar Fortnite em dois formatos: um app dedicado (que ela hospeda dentro de lojas como a PlayStation Network, Xbox Live e a sua própria Epic Games Store) ou via side load, onde você baixa o pacote de instalação para Android, mas fora da Play Store do Google.

Segundo Tim Sweeney, CEO da Epic, no entanto, isso pode mudar logo. E por “mudar”, ele refere-se a levar Fortnite à concorrente Steam, da Valve Corporation.

Respondendo a um ex-gamedev pelo X (ex-Twitter), Sweeney disse que, embora concorrentes, ele está disposto a permitir o acesso ao principal jogo da Epic Games em qualquer loja, desde que suas práticas sejam justas:

“Nós vamos concorrer, mas também vamos colocar Fortnite em qualquer loja que ofereça aos desenvolvedores um ótimo acordo. Steam, Microsoft, OneStore, qualquer uma: dê aos seus desenvolvedores um acordo espetacular e nós vamos apoiá-las. O fim dessas taxas ridículas de 30% está perto.” – Tim Sweeney, CEO da Epic Games

A dona de Fortnite está curtindo uma vitória após longa e dura batalha judicial contra o Google. No último dia 12, uma corte de justiça dos Estados Unidos decidiu em favor da Epic em um processo contra as taxas cobradas pelo Google pelo uso de sua Play Store. A situação marcou uma ironia no judiciário estadunidense, já que o mesmo processo viu a Epic perder contra a Apple em outra decisão.

Entretanto, a vitória contra a empresa de Mountain View fez a Epic declarar o desejo de um “round 2” contra a gigante de Cupertino.

Criações no UEFN do Fortnite

Imagem: reprodução/ItsBlitz21

Entendendo as taxas opostas por Fortnite

30%.

Essencialmente, é comum a prática de mercado das principais lojas digitais de cobrarem 30% dos apps hospedados em suas estruturas. A Apple faz isso. O Google também.

O problema é que “30%” não é um valor fixo, mas sim uma tarifa cobrada em cima do faturamento obtido pelo app dentro daquela loja, seja um app pago ou uma aplicação gratuita alimentada por anúncios de terceiros.

Digamos que Fortnite, se estivesse na App Store, faturasse US$ 1 milhão em um determinado ano. Nisso, a Apple, dona da loja, levaria US$ 300 mil. Se o valor subisse para US$ 2 milhões no ano seguinte, então a Epic ia dever US$ 600 mil e assim por diante. Outros percentuais são cobrados de outras lojas – a própria Epic Games Store cobra uma tarifa de 12%.

Por causa disso, a empresa se viu gastando mais dinheiro para manter as taxas de suas hospedagens do que, digamos, investir em Fortnite. Daí a oferta de side load no Android (algo ainda impossível no iPhone salvo por pirataria) e os processos contra Apple e Google.

A situação com a Apple ainda está pendente: a derrota contra a fabricante do iPhone está pendente de revisão na Suprema Corte norte-americana e, apesar da Epic estar confiante na vitória, ainda não há uma data para análise da documentação e reinício do processo.

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