Na onda de “remakes de Final Fantasy que a Square Enix pode ou não fazer”, aparentemente os funcionários da empresa torcem muito por Final Fantasy 6. O jogo, originalmente lançado em 1994, tem uma popularidade equiparável ao sétimo título – seu sucessor direto e que tem um remake em pleno andamento.

De acordo com um dos diretores da empresa, Yoshinori Kitase, durante uma mesa redonda que celebra os 35 anos da franquia, ele afirmou que Final Fantasy 6 tem “muitos fãs dentro da Square”, mas que algo dessa magnitude “seria difícil” e que não teria como pensar nisso agora, já que é ele quem dirige Final Fantasy VII Rebirth.

Segundo uma tradução feita pelo Genki_JPN:

“O remake de Final Fantasy 7 [Rebirth] ainda não está terminado, então não tenho nem como pensar nisso. Mas temos muitos entusiastas de Final Fantasy 6 dentro da empresa, e eles quase sempre me perguntam quando faremos um remake [dele].” – Yoshinori Kitase

O jogo foi um dos primeiros a abandonar a premissa dos “quatro guerreiros de luz” visto nos títulos anteriores, adotando uma abordagem narrativa que trazia seus protagonistas para percepções mais fundamentadas na realidade – todos tinham ocupações distintas: magos, ladrões, reis etc – ao invés de serem apenas “quatro escolhidos”.

Ambientado em um mundo inspirado na Revolução Industrial, Final Fantasy 6 também foi o primeiro a misturar os elementos medievais de sua apresentação com motivos steampunk, apostando em máquinas e invenções tecnológicas além de abordar temas mais adultos, indo desde ditaduras militares até gravidez adolescente.

E foi esse jogo que também nos deu um dos vilões mais populares da franquia: Kefka Palazzo, que para alguns é um personagem mais memorável que Sephiroth, o antagonista primário de Final Fantasy VII.

Arte conceitual mostra desenho de Kefka Palazzo, vilão de Final Fantasy 6

Imagem: Square Enix/Reprodução

O criador da franquia, Hironobu Sakaguchi, também estava presente durante a discussão e endossou Kitase, dizendo que o remake de Final Fantasy 6 seria um projeto ainda mais difícil que o atual, considerando que o jogo original tinha arte pixelizada, com personagens exibidos na forma de sprites na tela. Por não ser um jogo poligonal, reimaginá-lo como uma experiência 3D seria um esforço bem maior que Final Fantasy VII.

Mas veja bem…nenhum deles disse “não vamos fazer”, apenas “vai ser difícil de fazer”, então sempre podemos sonhar.

Ademais, se você quiser jogar Final Fantasy 6, a Square Enix tem a coleção Pixel Remaster, que contempla os seis primeiros jogos da franquia com visual escalado para a alta definição, reorquestração da trilha sonora e fontes mais amigáveis aos televisores e consoles atuais. A gente jogou a coletânea e nossa equipe achou bem bacana.

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