A E3, que um dia já foi o maior evento da indústria de games, está definitivamente cancelada – para sempre!

“Depois de mais de duas décadas hospedando um evento que serviu como vitrine central para a indústria de videogames, a Entertainment Software Association (ESA) decidiu encerrar a E3”, declarou Stanley Pierre-Louis, presidente e CEO da ESA.

Foto mostra a frente de uma edição da E3 - edição deste ano, a E3 2023 foi cancelada

Imagem: logoboom/Shutterstock

“Sabemos que toda a indústria, jogadores e criadores têm muita paixão pela E3. Compartilhamos essa paixão”, completou Pierre-Louis. “Sabemos que é difícil dizer adeus a um evento tão querido, mas é a coisa certa a fazer, dadas as novas oportunidades que a nossa indústria tem para alcançar fãs e parceiros”.

Os marcos da E3

A E3 – abreviação de Electronic Entertainment Expo – já foi a maior ocasião do mercado mundial de jogos, onde inúmeros anúncios de primeira grandeza foram feitos: o remake de Final Fantasy VII, Metal Gear Solid, o preço do primeiro PlayStation meses antes de seu lançamento… todos esses foram marcos na história dos 20 anos da feira.

Não menos importante, em uma edição histórica, em 2005 a E3 foi palco para Nintendo, Sony e Microsoft apresentarem os consoles Wii, PlayStation 3 e Xbox 360, respectivamente.

Imagem de console antigo do Xbox para ilustração a emulação de títulos antigos; EA anuncia jogos que perderão acesso aos servidores da empresa

Imagem: Arturo Rey/Unsplash

Vale citar: em 2022, a feira também havia sido cancelada, e 2023 marcaria o primeiro ano do “retorno” do evento em caráter presencial: o marketing, inclusive, vinha divulgando a ocasião como “Remastered E3 2023” e prometendo um novo formato, similar ao da Brasil Game Show (BGS) – dias específicos para indústria e imprensa, e dias abertos ao público.

O declínio…

A criação de eventos particulares e a própria evolução da tecnologia contribuíram para o declínio da E3 ao longo dos últimos anos. Um dos motivos apontados para a queda de popularidade do evento são os anúncios virtuais que, no mundo dos games, começou com o formato “Direct” da Nintendo, em 2011.

Outras publishers seguiram o mesmo caminho, com transmissões ao vivo, diretamente ao público, sem os custos envolvidos na participação de uma feira.

Outro golpe forte contra o evento foi a decisão da Sony, em 2018, de não participar da E3. Em seguida, como em um efeito cascata, várias outras empresas e fornecedores anunciaram que também não participariam mais do evento.

No ano seguinte, o próprio Geoff Keighley, que trabalhava na E3, preferiu seguir um novo caminho e apostar suas fichas em outros grandes eventos separados: o Summer Game Fest e o The Game Awards.

The Game Awards 2023

Imagem: divulgação

Em 2020, a pandemia foi praticamente um nocaute para um evento que já sofria com inúmeras baixas. A partir de então, as conferências online ganharam ainda mais força e estabeleceram um novo formato na indústria.

Em seguida, o que se viu foi um esforço grande, porém em vão, para tentar ressuscitar a maior feira de games do mundo. Não deu certo!

“Qualquer um dessas grandes empresas podem criar uma vitrine individual… [e] também fazer parceria com outros eventos do setor para mostrar a variedade dos jogos”, disse Pierre-Louis. “Isso é emocionante para a nossa indústria e significa que é uma oportunidade para eles explorarem como envolver novos públicos de diferentes maneiras”.

Fonte: WSJ

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