O PC é conhecido por ser uma ótima oportunidade para se jogar jogos gastando um pouco menos, já que os títulos costumam ser mais em conta. Além disso, os computadores são famosos por receber ports de jogos exclusivos de console pouco tempo depois de seu lançamento.

No entanto, em alguns casos, a performance não é das melhores. Um exemplo claro disso foi o problemático lançamento de The Last of Us Part I, que trouxe diversos bugs e problemas para os jogadores, obrigando a rápida ação da Sony para mitigar essas questões.

Para tentar entender o motivo desses jogos normalmente chegarem com problemas, o Digital Trends conversou com alguns desenvolvedores para entender como isso acontece e por que os títulos são lançados jogáveis nos consoles e enfrentam esses problemas no PC.

Ao responder à questão, Marc Whitten, vice-presidente sênior e gerente geral da Unity Create, disse que, basicamente, a questão está nos computadores dos usuários e na quantidade de configurações diferentes que existem.

“A grande diversidade e variabilidade das configurações de PC nas quais os jogos serão jogados, pode definitivamente trazer problemas inesperados”, como exemplo disso, ele cita que “diferentes sistemas operacionais e novas atualizações de driver, calor e latência, e personalização do usuário” são fatores que podem contribuir com a questão.

No entanto, o executivo reforça que os ports são problemáticos não pela falta de testes, já que eles são “testados extensivamente durante o desenvolvimento”.

Ambientes de teste para jogos de PC

Imagem de um jovem à frente de um computador que está rodando um jogo de tiro, simbolizando jogos violentos

Imagem: panuwat phimpha/Shutterstock

Para corroborar sua afirmação, ele diz que o problema se resume à escala das diferentes configurações que os desenvolvedores precisam testar, bem como às variáveis que eles não podem considerar.

Em um cenário de testes, é possível estabelecer alguns parâmetros para conseguir verificar até que ponto um jogo pode funcionar. No entanto, não é possível prever todas as configurações possíveis que um usuário pode ter em um computador.

John Johanas, diretor de Hi-Fi Rush e The Evil Within 2, concorda com essa afirmação: “É muito irreal pensar que você pode fazer um produto que funcionará perfeitamente no que parece ser uma configuração limitada de CPUs, GPUs, memórias e muitos mais”.

Espera-se que, com o tempo – e a adoção de novas tecnologias -, essa questão seja cada vez menos frequente, embora ainda seja um trabalho bastante complicado, principalmente porque há muitas variáveis para se fazer um jogo rodar.

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