Um feito incrível que pode revolucionar a internet em questões de velocidade e, principalmente, consumo de energia. Cientistas de universidades da Suécia e Dinamarca alcançaram a velocidade recorde de transferência de dados de 1,84 petabits por segundo usando um chip fotônico (movido a laser) conectado por um único cabo de fibra óptica.

Para se ter uma ideia do que foi feito, a qualquer hora do dia, a média de largura de banda de internet usada por toda população mundial é estimada em cerca de 1 petabit por segundo. Ou seja, em outras palavras, os pesquisadores praticamente alcançaram uma velocidade de quase duas vezes “todo o tráfego mundial da internet” por segundo.

ilustração de cabo de fibra óptica

Imagem: Shutterstock

Detalhe: um petabyte de dados é aproximadamente um milhão de gigabytes. Um segundo é um segundo…

Tudo, claro, foi feito em laboratório. Mas se esse chip fotônico se tornar um produto comercial, o resultado será uma internet mais rápida para todos nós – muito mais rápida. Mas, mais do que isso, a solução reduziria consideravelmente a quantidade de energia necessária para operar a internet – que hoje representa cerca de 10% do consumo global de eletricidade e não para de aumentar.

“A internet é um grande consumidor de energia”, disse Leif Katsuo Oxenløwe, um dos principais pesquisadores do estudo. “Precisamos ser capazes de suportar um crescimento contínuo da internet, mas precisamos criar novas tecnologias eficientes em termos de energia”.

Fibra Óptica

Imagem: Tomislav Jakupec / Pixabay

Como funciona o chip fotônico a laser

O chip funciona usando um único raio laser para criar um arco-íris de cores através de um dispositivo chamado “pente de frequência”. Essas matrizes de luz transportam dados através de cabos de fibra óptica de maneira mais rápida e com menor consumo de energia.

Testar e verificar essa velocidade impressionante de 1,84 petabits por segundo não foi nada fácil, afinal não existe ainda computador capaz de enviar, receber ou muito menos armazenar uma quantidade tão enorme de dados. Para alcançar o recorde, a equipe então usou dados fictícios em canais individuais para verificar qual seria a capacidade total de largura de banda. Cada canal foi testado individualmente para garantir que os dados recebidos correspondiam ao que foi transmitido.

O mais legal dessa história é que os atuais cabos de fibra óptica poderiam comportar tal tecnologia com essa capacidade de transmissão. Para isso, bastaria atualizar o chip inicial de transmissão. Claro, não é tão simples também. Segundo os cientistas, o projeto ainda está em fase de pesquisa e pode levar anos para se tornar popular. Ainda assim, eles reconhecem o trabalho tem potencial suficiente para inspirar “uma mudança no design de futuros sistemas de comunicação”.

Via: Tom’s Hardware

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