Quem sempre achou que o Xbox Game Pass signifique um negócio pouco rentável para a Microsoft pode tirar o cavalinho da chuva. Isso porque em uma recente entrevista, Phil Spencer, líder do Xbox, revelou que o serviço de games por assinatura, na verdade, é algo “muito, muito sustentável”.

Discussão em torno do serviço

Lançado em 2017, o Xbox Game Pass é um serviço de assinatura do Xbox (não diga) que dá acesso a uma biblioteca com mais de 100 jogos. Por R$ 29,99 por mês, o player garante um catálogo de títulos que é renovado mensalmente e que abriga games com grandes orçamentos — e é este o cerne da discussão.

Sem contar as parcerias que também disponibilizam serviços como a EA Play (da Electronic Arts) na assinatura, a disponibilidade de jogos Triple A requer grandes investimentos da Microsoft. Para alguns, o valor cobrado não traz o retorno necessário diante dos montantes investidos, o que em tese indicaria um baita prejuízo.

“É muito difícil lançar um jogo de US$ 120 milhões num serviço que cobra US$ 9,99 por mês. […] Colocando na ponta do lápis, você vai precisar de 500 milhões de assinantes antes de começar a recuperar seu investimento”, alfinetou Shawn Layden, ex-CEO Sony Interactive Entertainment (SIE), em uma entrevista deste ano.

Arte do serviço Xbox Game Pass

Para críticos, Xbox Game Pass não é um serviço rentável para a Microsoft – Imagem: Divulgação/Microsoft

“Mas se você tem só 250 milhões de consoles por aí, você não vai chegar a meio bilhão de assinantes. Como resolver isso? Ninguém descobriu a resposta ainda”, completou.

Mesmo que a crítica tenha algum sentido, Layden pode estar errado. Embora a Microsoft não tenha revelado qual seria a fórmula por trás do Xbox Game Pass, a estratégia parece estar dando certo e deve mostrar-se promissora em um futuro próximo.

Xbox Game Pass vai bem, obrigado

Não à toa, em uma recente entrevista à Axios, Spencer rebateu as críticas de que a big tech estaria “queimando dinheiro” para colher bons frutos no futuro. Em poucas palavras, o executivo afirmou que o modelo por si só já é sustentável, algo que pode melhorar conforme o desenvolvimento do serviço.

“Eu sei que há muitas pessoas que gostam de escrever [que] estamos queimando dinheiro agora para algum futuro pote de ouro no final”, pontuou o executivo. “[Mas] Não. O Game Pass é muito, muito sustentável no momento. E continua a crescer”, concluiu.

Apesar da declaração positiva, números revelados no mês passado mostraram que o Xbox Game Pass ainda está aquém do que a companhia esperava. A big tech estimava que o serviço cresceria 47,79% entre 1º de julho de 2020 e 30 de junho de 2021, mas a alta ficou em “apenas” 37,48%.

Ainda assim, o cenário indica bons horizontes para o Xbox. Os serviços de streaming de jogos devem ser a nova tendência da era gamer, o que pode significar um crescimento ainda maior para os cerca de 18 milhões de assinantes do Game Pass — mas que segundo a Take-Two, pode ter alcançado a marca dos 30 milhões.

Fonte: Eurogamer

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