A indústria global já “deu a letra”: a crise dos chips deve se estender ao longo de 2022. Como consequência, diversas jurisdições têm adotado medidas para mitigar os impactos no mercado. Um bom exemplo é a União Europeia, que acaba de anunciar um plano de US$ 49 bilhões.

Intitulado de European Chips Act, o projeto tem dois objetivos claros. O primeiro deles é reduzir a dependência de componentes importados da Ásia. Já o segundo baseia-se em fomentar o desenvolvimento local para aumentar a participação do bloco no segmento de chips.

O bloco europeu espera que o plano potencialize áreas como pesquisa e manufatura, encaradas como algumas das fraquezas da região. Além disso, o investimento de dezenas de bilhões de dólares deve ser importante para impulsionar a produção e monitorar o fornecimento de semicondutores.

“O European Chips Act será um divisor de águas para a competitividade global do mercado único europeu”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado. “No curto prazo, aumentará nossa resiliência em crises futuras, permitindo-nos antecipar e evitar interrupções na cadeia de suprimentos. E, no médio prazo, ajudará a tornar a Europa um líder industrial neste ramo estratégico”, completou.

Se tudo correr conforme o planejado, a UE pode dobrar sua participação no mercado global de semicondutores para 20% até 2030. Mas para isso, o plano deverá ser aprovado por Estados membros e Parlamento Europeu. Investimentos públicos e privados também devem ditar o andamento da pauta.

EUA também planeja investir no mercado de chips

De certa forma, o European Chips Act é um plano semelhante ao adotado pelos Estados Unidos. Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou o America COMPETES Act, que destina US$ 52 bilhões em subsídios para a fabricação de semicondutores e quase US$ 300 bilhões para pesquisa e desenvolvimento.

O projeto também precisa de aprovação, mas a tendência é que o presidente americano Joe Biden sancione o projeto de lei caso passe pelo Senado.

É incerto se esses esforços vão surtir efeito no mercado global de chips. Ainda assim, são extremamente necessários, tendo em vista o atual cenário de escassez de componentes.

Via: Engadget

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