A taiwanesa TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), em uma parceria com a Universidade de Taiwan (NTU) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), anunciou um avanço significativo no desenvolvimento de chips de 1 nanômetro.

Em um estudo publicado na revista científica Nature, os pesquisadores afirmam ter descoberto que o uso da substância bismuto semimetálico (Bi) como eletrodos de contato tem a propriedade de reduzir a resistência e aumentar a corrente dentro dos processadores – o que significa um grande avanço na busca pela arquitetura de 1 nanômetro.

Ou seja, a descoberta possibilitará aumentar a eficiência energética e o desempenho em processadores futuros. A arquitetura de 1 nm não será implantada tão cedo, mas é mais um avanço incrível da tecnologia.

A corrida dos nanômetros

O anúncio da TSMC acontece poucas semanas depois de a IBM revelou ter alcançado o primeiro chip de 2 nanômetros do mundo.

Nanômetro é a unidade de comprimento equivalente à bilionésima parte de um metro – em termos de comparação, uma folha de papel tem aproximadamente 100 nanômetros de espessura.

Segundo a IBM, o avanço significa que os fabricantes de processadores poderão garantir um ganho de até 45% no desempenho usando a mesma energia dos atuais chips de 7 nm – ou ainda economizar até 75% de energia para manter a mesma performance atual.

Um close-up de um wafer de 2 nm fabricado nas instalações da IBM Research em Albany, com chips individuais visíveis a olho nu. Cortesia da IBM.

Um close-up de um wafer de 2 nm fabricado nas instalações da IBM com chips individuais visíveis a olho nu – Imagem: IBM

O significado dos 2nm na tecnologia

Veja alguns exemplos do que a nova arquitetura alcançada pela IBM pode trazer para o nosso dia a dia. Por exemplo: um celular com processador baseado em 2 nm poderá ter até quatro vezes a duração de bateria dos atuais modelos com chips de 7 nm.

IBM diz que criou primeiro chip de 2 nm do mundo

Notebooks, além de maior duração da bateria, também ganharão mais performance, enquanto os veículos autônomos detectariam e reagiriam a objetos mais rapidamente, de acordo com a IBM.

A empresa diz ainda que a tecnologia também vai favorecer a eficiência energética de data centers, exploração espacial, inteligência artificial, 5G e 6G e computação quântica.

IBM saiu na frente

No ano passado, os processadores M1 e A14, da Apple, fabricados pela TSMC – se igualaram ao Kirin 9000, da Huawei, como os primeiros chips de arquitetura de 5 nm.

Atualmente, Qualcomm e AMD usam chips de 7nm também da TSMC, ainda que o Snapdragon 888 seja produzido com tecnologia de 5 nm da Samsung.

Já a Intel dificilmente deve lançar processadores de 7 nm antes de 2023; hoje a empresa trabalha com chips de 10 nm e 14 nm. Atualmente, a TSMC já trabalha no desenvolvimento de um processo de 2 nm, mas só em 2022 vai iniciar a produção dos processadores de 4 nm e 2 nm. Assim, esse chip de 1 nanômetro não deve aparecer ainda na próxima década.

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