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[Review] TMNT: Shredder’s Revenge é um “clássico moderno” dos anos 90
TMNT: Shredder's Revenge acerta em praticamente tudo ao trazer uma campanha curta com uma jogabilidade simplesmente deliciosa. Confira nosso review!By - Alvaro Scola, 21 junho 2022 às 17:38
As Tartarugas Ninjas fizeram bastante sucesso durante os anos 80 e 90, não apenas por seus quadrinhos, filmes e animações, mas também por conta de seus jogos para fliperamas e videogames. Já o TMNT: Shredder’s Revenge é o novo jogo desses personagens icônicos, que traz toda essa nostalgia de volta.
O TecMasters teve a chance de zerar o título algumas vezes, já que foi impossível resistir a jogar a campanha só uma vez, acompanhado de boas pizzas e conta a seguir o que achou de TMNT: Shredder’s Revenge neste review. Confira!
Uma história leve como deve ser
TMNT: Shredder’s Revenge não tenta reinventar a roda quando o assunto é história e acerta em cheio nesse ponto. Afinal, uma história leve das Tartarugas Ninjas é o que todo fã da franquia, seja novato ou veterano, espera ver.
Na história, Destruidor e Krang reúnem o clã do pé e alguns de seus principais monstros, como Bebop e Rocksteady, para roubar os aparelhos do canal 6 a fim de executar um plano maligno. Com isso, é claro, resta às Tartarugas Ninjas e seus amigos se reunirem para impedir que o plano seja executado com sucesso.
Imagem: reprodução/TecMasters
A premissa do jogo, como dito, é bem simples, mas mantém o jogador cativado durante toda a campanha que leva aproximadamente 2 horas e meia para ser finalizada. Aqui, a única crítica fica mesmo pela forma de que a história é contada.
Ao invés de trazer vídeos ou até mesmo alguns diálogos mais elaborados, o jogo mostra, entre as fases, apenas uma tela com um desenho e, às vezes, uma simples frase. Os desenhos são até bem feitos, mas acabam não passando com clareza o que está acontecendo.
Imagem: reprodução/TecMasters
Uma outra parte da história também é contada em momentos chaves do cenário, como após derrotar um chefe, mas ainda fica um pouco abaixo do esperado. Assim, apesar da história ser cativante, o jogador acaba sabendo um pouco menos do que deveria, mas isso não chega a tornar a experiência menos divertida.
Estamos diante de um desenho ou de um jogo?
Diferentes de muitos jogos atuais e até mesmo de Streets of Rage 4, que também é distribuído pela Dotemu, o TMNT: Shredder’s Revenge preferiu optar pelo clássico visual pixel-art. Entretanto, não espere aquele pixel-art mais antigo com uma paleta de cores limitada, aqui é como se título fosse uma versão melhorada do que era visto nos fliperamas dos anos 90.
O que realmente impressiona acaba sendo o nível de detalhes dado a cada cenário, que parece ter saído diretamente dos desenhos. Além dos cenários, os fãs das Tartarugas Ninjas também reconhecerão facilmente os seus inimigos, que tem animações fantásticas devido a não ficarem apenas esperando as Tartarugas Ninjas para apanharem.
Outro ponto em que a Tribute Games, estúdio responsável pelo desenvolvimento do título, acertou foi na escolha dos inimigos, que já fizeram aparições antes e são velhos conhecidos do público. Apenas como um exemplo, é impossível não se emocionar na hora de enfrentar uma bruxa que invoca Tokka e Razhar, vilões que protagonizaram o filme “As Tartarugas Ninja II – O Segredo do Ooze”, de 1991.
Imagem: reprodução/TecMasters
Já os gráficos estão acompanhados de uma trilha sonora incrível, que é similar ao desenho dos anos 80, mas gravada por outros artistas. Inclusive, a trilha sonora, que é simplesmente fenomenal, pode ser escutada na íntegra através deste link do Spotify.
A tradução para o português do jogo também é bem feita, apesar do título não ser dublado. Esse ponto, apesar de parecer não fazer falta, poderia ser melhorado, uma vez que os personagens tem algumas falas simples, que ficaram bem conhecidas por causa dos desenhos.
Jogabilidade que derrete como queijo na pizza
Quem jogou qualquer beat ‘em up nos últimos tempos não deve ter dificuldade alguma em pegar o controle sair jogando o TMNT: Shredder’s Revenge. Ainda assim, diferente de seus antecessores, se podemos chamar os títulos mais antigos dessa forma, o jogo inova e tenta sair do “básico”.
Por exemplo, o TMNT: Shredder’s Revenge traz um botão para desviar de golpes e armadilhas, mas que pode ser combinado com o botão de ataque para fazer o personagem ir de um lado ao outro da tela. Já ao pressionar duas vezes pra frente e o botão de pulo, outro movimento é executado.
Imagem: reprodução/TecMasters
De forma geral, os combos implementados no jogo funcionam bem e são fáceis de serem assimilados, sendo que a sua jogabilidade é bem dinâmica. Quem for ficar só no clássico botão de ataque e pulo até pode progredir, mas sofrerá para matar alguns inimigos, como os Mousers, aqueles robôs que lembram cachorros e atacam com frequência as Tartarugas Ninjas.
Imagem: reprodução/TecMasters
Além dos comandos mais básicos, cada personagem do jogo, no modo história, possui um nível que vai até o número 10. Conforme o jogador avança de nível, novos movimentos são liberados, o que ajuda o jogador a querer sempre jogar um pouco mais para desbloquear tudo que há disponível para seu personagem predileto.
Outra coisa que o jogo também implementou bem foi o seu sistema de especiais, que ajuda a derrotar verdadeiras hordas de inimigos. Se por um lado o sistema foi bem implementado, a crítica fica por conta do especial ser praticamente o mesmo, em questão de jogabilidade, para a grande maioria dos personagens.
Para quebrar um pouco o ritmo de ficar batendo sem parar enquanto anda por cenários, as famosas fases do skate voador e afins também marcam presença no título. Elas, como de costume, é claro, possuem obstáculos difíceis de desviar e fazer o 100% do nível, mas são bem divertidas e esporádicas.
Fator replay alto
O TMNT: Shredder’s Revenge, apesar de ser um beat ‘em up traz um conteúdo até que interessante para aumentar o fator replay. Cada fase do título conta com alguns desafios, que podem ser conferidos facilmente ao pausar o jogo. Já as tarefas nem sempre são fáceis de serem realizadas, mas é justamente isso que fará o jogador rejogar um nível.
Imagem: reprodução/TecMasters
Além do modo história, o título também traz um modo “Arcade”. Neste, o jogador não tem continues e precisa zerar a campanha apenas com a vida que conseguir coletar nas fases. E, para deixar tudo mais desafiador, o título também traz três níveis de dificuldade, sendo que o último é bem tenso.
Apesar de todos esses elogios, TMNT: Shredder’s Revenge falha em trazer um pouco de “conteúdo desbloqueável”. Por exemplo, apenas o Casey Jones é o único personagem que é liberado após a campanha do jogo ser finalizada. Assim, até mesmo o Mestre Splinter e April O’Neil, que não tão comuns de serem jogáveis nos títulos da franquia, já estão disponíveis desde o começo.
É verdade também que as Tartarugas Ninjas também não tem muitos “visuais” com roupas e outros itens diferentes. Entretanto, ter acesso a visuais de diferentes fases dos personagens no desenho seria um extra muito bem-vindo.
TMNT: Shredder’s Revenge vale a pena?
De forma simples e direta, a resposta para a pergunta acima é: sim, e muito. O TMNT: Shredder’s Revenge traz uma campanha curta, mas que está dentro do tempo certo para o seu gênero. As fases são bem elaboradas e os gráficos do jogo realmente parecem levar o jogador para dentro de um desenho animado.
Aliado a isso, a sua jogabilidade é simplesmente fantástica e o fato de até 6 jogadores poderem curtir o título juntos deixa tudo mais divertido. A história, apesar de mal contada, é leve e, é claro, qualquer fãs das Tartarugas Ninjas irá querer jogar o título até o fim para derrotar o Destruidor, não somente uma vez.
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