Depois do Instagram anunciar uma nova ferramenta de assinaturas para criadores monetizarem seus conteúdos, o TikTok também entrou na dança (com todo perdão do trocadilho intencional).

Da mesma forma que a plataforma rival, o TikTok também liberou o novo recurso como teste para uma base selecionada de influenciadores, então é possível que ainda demore um tempo para que ele esteja disponível para todos. Fora isso, não há muitos detalhes sobre como irá funcionar na prática.

“Estamos sempre pensando em novas maneiras de agregar valor à nossa comunidade e enriquecer a experiência do TikTok”, afirmou um porta-voz do TikTok ao Engadget.

Apesar de estar implementando o recurso apenas agora, já era esperado que o TikTok seguisse o movimento, visto que desde 2020 a rede estabeleceu um fundo de US$ 200 milhões em apoio aos criadores de conteúdo.

Monetizar conteúdos: tendência mais do que esperada

Vale ressaltar que essa é uma tendência mais do que natural. Desde que “youtuber” e “influenciador digital” se oficializaram não apenas como termos em dicionários tradicionais — como o conhecido Oxford —, mas também se consolidaram em carreiras promissoras, é mais do que esperado que as empresas por trás das plataformas encontrem maneiras de ajudar esses criadores de conteúdo a ganharem dinheiro — afinal, eles acabam se beneficiando também.

Só de 2020 para 2021, o mercado de influência registrou um crescimento de 43%, segundo dados do YouPix. Já estimativas apontadas pelo Influencer Market Hub apontam que a chamada Creator Economy movimenta hoje o equivalente a US$ 104,2 bilhões.

O YouTube, nesse cenário, foi pioneiro na remuneração de conteúdos. Há 14 anos a plataforma remunera conteúdos, apesar de ter modificado seu algoritmo e estabelecido regras mais rígidas com relação à monetização e a quem é elegível a esse tipo de ganho ao longo dos anos.

Em 2021, por meio do seu Programa de Parcerias do YouTube (YPP), a plataforma somou 2 milhões de membros e, nos três últimos anos remunerou US$ 30 bilhões aos participantes que cumpriam os critérios estabelecidos para o programa.

“No segundo trimestre de 2021, as receitas de anúncios do YouTube atingiram US$ 7 bilhões e pagamos mais para creators e parceiros do YouTube do que em qualquer trimestre da nossa história”, relatou Neil Mohan, Chief Producer Officer do youtube, em um post no blog da empresa feito no ano passado, o qual consolidava os números da creator economy dentro do ecossistema da empresa.

A Twitch também é outra grande mídia que cresceu dando aos produtores de conteúdo formas de monetizarem seu trabalho. aliás, a criação de comunidades é a base do negócio da empresa, que contabiliza atualmente 7 milhões de criadores de conteúdo únicos, que realizam streamings mensalmente na plataforma.

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