A Meta e o Facebook rastreiam você? Isso é o que a Mozilla quer provar com um novo projeto chamado de The Facebook Pixel Hunt.

A ideia por trás da iniciativa é entender o escopo e a profundidade dos serviços de rastreamento usados ​​pela Meta com relação aos usuários.

A iniciativa será encabeçada pela Rally, em parceria com a Markup Team, uma organização estadunidense de jornalismo sem fins lucrativos orientada a dados, especializada em cobrir ética e impacto da tecnologia na sociedade.

A Rally, por sua vez, é uma plataforma de compartilhamento de dados da Mozilla que tem como objetivo coletar informações de usuários de forma voluntária para entender o funcionamento da web e das interações entre serviços e pessoas.

A Mozilla lançou o Rally em meados de 2021, com intuito de ajudar usuários a entenderem melhor o valor dos seus dados. O serviço funciona como uma extensão para o navegador da empresa, o Firefox.

 

Segurança Microsoft

Foto: Pete Linforth/Pixabay

 

O The Facebook Pixel Hunt

Os usuários interessados em participar do projeto podem se inscrever no link para o estudo, no site oficial da Rally, bem como devem também baixar a extensão da Rally para o navegador.

Os dados criados a partir do uso dessa ferramenta serão usados ​​para apoiar diversos estudos da Mozilla nesse sentido — os quais você pode conhecer melhor neste link (em inglês).

Segundo a descrição do projeto, ao participar da plataforma e autorizar a coleta dos dados, o usuário “coloca seus dados a serviço de uma Internet melhor. Nosso objetivo é entender melhor tópicos como IA ética, privacidade online, viés algorítmico, discriminação e desinformação”, diz.

O The Facebook Pixel Hunt aponta que “de acordo com a própria política de privacidade, o Facebook pode coletar informações sobre você na web, mesmo que você não tenha uma conta no Facebook”. A empresa consegue fazer isso por meio do chamado “pixel de rastreamento“.

A ferramenta faz parte da estratégia de conteúdo voltado a marketing e é usada não apenas pelo Facebook, mas também em outros serviços de grandes empresas de tecnologia como o Google. Basicamente, o recurso que sites instalem o “pixel”, ou seja, um código dentro da estrutura de um site que serve para monitorar as páginas que usuários navegaram e, assim, enviar publicidade direcionada.

Vale lembrar também que a Meta, quando ainda era apenas Facebook, se envolveu não há muito tempo (entre 2013 e 2016) em um dos maiores incidentes de privacidade da Internet, quando vazou que a consultoria britânica Cambridge Analytica teve acesso aos dados (sem consentimento expresso) de usuários, com a finalidade de uso para publicidade política.

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