A montadora de carros elétricos de Elon Musk está enfrentando uma investigação criminal conduzida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde o ano passado, segundo informações da Reuters. O inquérito foi iniciado após vários acidentes envolvendo o uso ativo do sistema Autopilot da Tesla, alguns resultando em mortes.

As investigações ocorrem em meio às reivindicações ousadas da fabricante e, em particular, do CEO Elon Musk, sobre a capacidade do sistema de piloto automático, a começar pelo nome dado ao sistema automático de direção, chamado de ‘Full Self-Driving’ ou FSD.

O beta lançado em 2020 e atualmente com 10 mil inscritos, segundo números da companhia de carros, não é totalmente autodirigido, como o nome entrega; os próprios materiais de marketing da Tesla confirmam o fato.

Tesla é investigada criminalmente por acidentes com piloto automático

Imagem: Sundry Photography/Shutterstock.com

Nos documentos, a própria montadora adverte que ao usar o ‘Autopilot’ (‘Piloto Automático’), ‘Enhanced Autopilot’ (‘Piloto Automático Avançado’) e ‘Full Self-Driving Capability’ (‘Capacidade Total de Auto-Condução’), os usuários devem permanecer em “alerta”, com suas “mãos no volante o tempo todo” e que elas “mantenham o controle do [seu] carro”.

Tesla é investigada criminalmente por acidentes com piloto automático

Imagem: TierneyMJ/Shutterstock.com

Falsa sensação de segurança de Teslas

No entanto, mesmo com o aviso, Musk sugeriu que o FSD poderia ser “mais seguro que um humano” recentemente. A fala foi uma reiteração a uma postagem do empresário no Twitter há um ano, adicionando que o FSD “trabalharia a um nível de segurança bem acima do do motorista médio deste ano”.

Além disso, essa percepção equivocada é ainda mais exacerbada no site oficial da montadora. “A pessoa no assento do motorista só está lá por razões legais. Ele não está fazendo nada”. O carro está dirigindo sozinho”, diz um vídeo atualmente exibido no site da empresa.

Os reguladores de segurança federais e da Califórnia examinam se as queixas sobre capacidades do Autopilot e o projeto do sistema impõe aos clientes uma falsa sensação de segurança, induzindo-os a tratar os automóveis da montadora como verdadeiros carros dispensados de condutor humano e se estão confortáveis ao volante com consequências potencialmente mortais.

Potencialmente, essa investigação representa um nível de exame mais sério devido à possibilidade de acusações criminais contra a empresa ou executivos individuais, de acordo com as pessoas familiarizadas com a investigação.

 

Com informações Reuters e TechCrunch

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