As chuvas que devastaram Petrópolis, no Rio de Janeiro, também estão causando problemas à infraestrutura tecnológica na região. Segundo informações da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o supercomputador Santos Dumont (SDumont) — que está dentro do Laboratório Nacional de Computação Científica — está paralisado desde a última quinta-feira (17) devido a um rompimento no cabo óptico que permite conectar o equipamento a pontos da cidade.

“A conexão ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), que abriga o supercomputador SDumont, foi restabelecida na terça-feira (22/2) por meio da recuperação parcial da Rede Metropolitana de Petrópolis (Remep), que foi severamente afetada pelas fortes chuvas, iniciadas na última terça-feira (15/2)”, disse a instituição, em nota enviada à Convergência Digital

O LNCC é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em Petrópolis (RJ) e, vale lembrar, é um dos laboratórios responsáveis por trabalhar na identificação de linhagens do novo coronavírus. É dentro dele que se encontra o Santos Dumont, considerado hoje um dos computadores mais poderosos do mundo.

“Esse equipamento tem uma das maiores capacidades de processamento de informações do hemisfério sul e é um orgulho para a ciência brasileira. É capaz de fazer modelagens bastante complexas de sistemas voltados para o pré-sal, planejamento, análises de tempo e temperatura. E o LNCC desempenha um papel importante de pesquisa e soluções para o coronavírus. A situação de Petrópolis cria uma nova questão, porque inviabiliza o funcionamento temporário do LNCC e do Santos Dumont e, por isso, o trabalho de resgate e de volta á normalidade é importante. Para a população e para a ciência”, explicou à CNN o ex-deputado federal e ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) Celso Pansera.

Ainda de acordo com a RNP, a equipe de engenheiros da organização está trabalhando para retomar a conectividade completa do Laboratório. A recuperação foi um esforço conjunto da Rede, em parceria com a GO Telecom e a K2 TELECOM.

Além do LNCC, o rompimento do cabo também afetou outros locais como a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Centro Federal de Educação Tecnológica – Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), a Universidade Católica de Petrópolis (UCP), a Prefeitura Municipal e o Museu Imperial.

A RNP informa que ainda não há uma previsão para a recuperação total da Rede Metropolitana (REMEP), sendo esperado que seja algo feito em longo prazo. “À medida que for possível avançar, não mediremos esforços para voltar a comunicação com todas as instituições da Redecomep”, continuou a instituição.

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