CEO do Spotify considera aumentar preço de assinaturas dos EUA em 2023

Planos para alta nos serviços do Spotify surgem logo após Apple Music e YouTube Music também anunciarem aumentos nas assinaturas

By - Igor Shimabukuro, 26 outubro 2022 às 16:11

As assinaturas do Spotify devem ficar mais caras em um futuro próximo. Pelo menos é isso que sugeriu Daniel Ek, CEO da plataforma de streaming de música, ao revelar o desejo de aumentar o preço dos planos nos Estados Unidos a partir de 2023.

“O aumento de preços para usuários baseados nos EUA á uma das coisas que gostaríamos de fazer e esta é uma conversa que vamos considerar com nossos parceiros de gravadora”, afirmou o executivo durante uma teleconferência de resultados na última terça (26).

Imagem: Shutterstock

A declaração surge pouco tempo após concorrentes do Spotify tomarem um caminho parecido. Recentemente, o Apple Music anunciou aumentos para os planos individuais e familiares no Brasil e no mundo. E nesta semana, foi a vez do YouTube Premium — que também inclui o YouTube Music — elevar o preço das assinaturas família.

Mas apesar do aumento, Ek acredita que o Spotify levará vantagem perante as concorrentes.

“Quando nossos concorrentes estão aumentando seus preços, isso é muito bom para nós porque, novamente, com nosso profundo envolvimento que temos e o menor nível de debandada do que qualquer concorrente, provavelmente nos sairemos melhor”, completou.

Ao menos por ora, não está claro de quanto seria esse aumento e nem se outras regiões fora dos EUA também seriam afetadas.

Até tu, Spotify?

No mundo do business, estar atento aos movimentos de seus concorrentes pode ser essencial para manter o nível de competitividade. E neste sentido, o aumento de preços das rivais seria uma justificativa plausível para que o Spotify considerasse uma alta, certo? Certo, mas podem existir outros fatores por trás disso.

Segundo os números divulgados, o terceiro trimestre da companhia superou as expectativas: foram 456 milhões de usuários ativos mensais, 195 milhões de assinantes e uma receita aproximada de 3,04 bilhões de euros — alta de 21% em relação ao trimestre anterior.

Mas fato é que as margens poderiam ser ainda maiores. O Spotify lançou um recurso de audiobooks, mas a Apple tem dificultado a comercialização do serviço (ao ocultar informações úteis) por motivos de compras fora da App Store. O app até pode dar o braço a torcer, mas permitir a compra dentro do ambiente da maçã resultará em uma taxa de 30% dessas operações à big tech.