O “sol artificial” chinês é quente! Em teoria, mais quente que o próprio Sol. Na China, a instalação de fusão nuclear Tokamak Experimental, projetada com o propósito de criar “energia limpa ilimitada”, atingiu a incrível temperatura de 70 milhões de graus Celsius.

Para se ter uma ideia, o rei do sistema solar queima a “apenas” cerca de 15 milhões de graus. Ou seja, o “sol artificial” chinês ficou quase 5 vezes mais quente que o próprio Sol.

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Imagem: Marc Gustave on Unsplash

Segundo o South China Morning Post, o teste realizado nos primeiros dias de 2022 durou 17 minutos e 36 segundos.

Os testes da instalação de fusão nuclear em Xangai começaram em dezembro do ano passado e devem continuar até junho deste ano.

Sol artificial chinês

Imagem: Alamy

“A operação recente estabelece uma base científica e experimental sólida para o funcionamento de um reator de fusão”, afirmou Gong Xianzu, pesquisador do Instituto de Física do Plasma da Academia Chinesa de Ciências.

“Validamos a tecnologia de forma abrangente, dando um grande passo à frente da pesquisa básica para as aplicações de engenharia”, completou o diretor do Instituto Song Yuntao.

Mais curioso é que os 70 milhões de graus ainda estão longe do recorde mundial do “sol artificial” chinês. Segundo o New York Post, ainda no ano passado, a instalação conseguiu queimar plasma a incríveis 120 milhões de graus Celsius, mas este teste durou apenas 101 segundos.

O sol artificial chinês

A máquina é chamada de “sol artificial” porque imita as reações que são vistas no corpo celeste. Ao atingir temperaturas extremas, o reator ferve os isótopos de hidrogênio em um plasma e depois os funde para liberar energia.

Sol artificial chinês

Imagem: Alamy

Agora, se os pesquisadores conseguirem descobrir como manter o equipamento operando por mais de 20 minutos, o “sol chinês” poderá ser capaz de fornecer energia limpa para muitas pessoas no país.

Apesar de o último teste – de pouco mais de 17 minutos – ter nos aproximado da tão sonhada “energia limpa ilimitada”, a expectativa é que o reator só seja capaz de entrar realmente em operação a partir de 2040.

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