Uma pesquisa online mostrou que os brasileiros deixam de lado a segurança quando utilizam aplicativos de paquera, segundo dados levantados pelo aplicativo de paquera happn.

A pesquisa revelou que muitos usuários brasileiros correm riscos desnecessários quando utilizam os aplicativos para encontrar um crush: 69% compartilham informações sensíveis, tais como informações pessoais e/ou profissionais, lugares que frequentam (como academia, bares, restaurantes), informações sobre a família, instituição de ensino e contas nas redes sociais.

Mulher usando o celular

Reprodução: Paul Hanaoka/Unsplash

Os brasileiros correm outro risco quando utilizam aplicativos de encontros compartilhando o seu número de telefone pessoal: 38% preferem compartilhar o seu número de telefone ou rede social para continuar a conversa através de outros meios logo nos primeiros momentos da conversa online. Apenas 27% preferem continuar o papo dentro do aplicativo de namoro até ao primeiro encontro.

20% dos brasileiros acreditam que a segurança online depende de sua conduta

Outro fato notável da pesquisa é que 20% dos brasileiros acreditam que sua segurança online depende mais da conduta de outros do que de seu próprio comportamento online. Em comparação, 17% estão cientes de que sua segurança online depende de seu próprio comportamento. Mas quem pensa que os brasileiros seriam as pessoas menos conscientes a este respeito está errado: uma porcentagem ainda menor dos britânicos e franceses considera que sua segurança online depende mais de si mesmos do que dos outros, 7% e 10%, respectivamente.

Soma-se ao fato de que mais da metade (57%) dos usuários no Brasil acreditam que uma semana de contato é suficiente para compartilhar informações pessoais. Números semelhantes em outros países: 49% no Reino Unido, 61% na França e 61% na Holanda.

“Estes dados são preocupantes porque mostram um alto nível de confiança no comportamento da outra pessoa, traduzindo-se em uma presença não muito consciente de segurança nas ferramentas de relacionamento. Por exemplo, normalmente, não compartilhamos nosso endereço ou outros dados pessoais com um estranho com quem iniciamos uma conversa na fila do cinema. Por que faríamos isso em um aplicativo? Devemos ter claro que o cuidado que tomamos no mundo real deve ser transferido para o mundo digital”, adverte Michael Illas, especialista em relacionamentos do happn.

Mulheres têm cuidados extras em aplicativos de paquera

A pesquisa também mostra que as mulheres tendem a ser mais desconfiadas e a recorrer a cuidados extras. Ao mesmo tempo, apenas 14% das usuárias brasileiras dizem que se sentem seguras em aplicativos de namoro, este percentual aumenta para 43% entre o público masculino no Brasil. Enquanto 61% das mulheres dizem que frequentemente compartilham sua localização com pelo menos um amigo durante o primeiro encontro (como medida de segurança), apenas 28% dos homens dizem que fazem o mesmo.

Esta realidade muda nos países europeus. De acordo com a pesquisa, tanto as mulheres quanto os homens se sentem mais seguros dentro dos aplicativos. Na França, 24% do público feminino diz que se sente seguro, enquanto no Reino Unido, este número sobe para 33%, e na Holanda, para 48%. Entre os homens, as porcentagens são ainda mais elevadas: 44% (França), 67% (Reino Unido) e 61% (Holanda), respectivamente.

Mas há um consenso positivo entre o público brasileiro: a pesquisa prevê que a grande maioria de ambos os sexos prefere fazer seu primeiro encontro em público – 98% das mulheres e 89% dos homens – e se sentem mais seguros dando um crush (quando dois perfis se dão likes) a um perfil certificado – 75% das mulheres e 72% dos homens.

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