Na noite do último domingo (22), foi ao ar o segundo episódio da primeira temporada de The Last of Us pela HBO. Diferentemente do que aconteceu com a estreia do piloto, felizmente, o serviço estava bastante estável, o que tornou a missão de assistir ao episódio algo simples – e sem travamentos ou quedas no serviço.

Seu lançamento foi cercado de expectativa, já que o primeiro episódio foi muito bem recebido pela crítica e pelo público. Isso, aliado ao fato de que esse seria o primeiro que seria dirigido por Neil Druckmann, criador dos jogos, fez com que Infectados fosse muito aguardado.

Já adianto que, como era de se esperar, tivemos mais um episódio que não só superou as expectativas, mas que também trouxe a possibilidade de um futuro promissor para a adaptação de The Last of Us.

Expansão dos acontecimentos de The Last of Us

The Last of Us

Imagem: HBO/Reprodução

Logo no começo do episódio, assim como aconteceu com o primeiro, voltamos no tempo, desta vez para 2003, pouco antes do surto começar. Aqui, somos apresentados a Ibu Ratna, uma especialista em micologia – profissional da biologia responsável por estudar fungos -, chamada para analisar uma amostra bastante incomum: um corpo humano morto.

Após constatar a infecção e se assustar com o Cordyceps estando presente em um humano, a especialista faz uma difícil constatação quando questionada sobre o que fazer neste caso: explodir toda a cidade para que isso não se espalhe.

Essa, obviamente, é uma cena criada para a série, mas que evoca o sentimento de desespero que só algo fora de controle, como esse tipo de infecção vista na série, pode trazer. No entanto, apesar da preocupação da especialista, nada do que foi feito ali adiantou para impedir que o mundo todo fosse infectado e sucumbisse ao Cordyceps.

Junto da cena de prólogo do primeiro episódio, considero essa uma das melhores cenas vistas até então em The Last of Us, já que oferece ainda mais material para que o espectador entenda como tudo aconteceu.

Jornada de Joel, Ellie e Tess

Tess e Ellie The Last of Us

Imagem: HBO/Reprodução

Pouco depois de vermos como as primeiras infecções aconteceram, a série corta para nosso trio de personagens que continua em sua missão. Apesar de saberem que Ellie é imune ao fungo – mesmo após a mordida, ela não se transformou -, Joel e Tess ainda têm algum receio em relação a isso.

Por conta dessa questão, ainda tomam todo o cuidado e vigiam a garota o máximo de tempo possível.

A química entre os três é inegável. Os diálogos são afiados – desta vez, poucos foram tirados diretamente do jogo, ao contrário dos cenários e acontecimentos -, e mostram que uma boa atuação, aliado a um bom roteiro, torna crível quase qualquer circunstância.

O episódio, apesar de mais parado e voltado para o desenvolvimento do relacionamento dos personagens, traz algumas coisas importantes, como as tentativas de aproximação de Joel e Ellie – bem como ele sendo visivelmente resistente a se apegar à garota.

Obviamente, isso se deve principalmente ao fato de que ele trata ela como mais um trabalho, e como forma de conseguir a bateria para o carro que tanto precisa. De qualquer forma, Tess ainda trata a menina com carinho, mesmo que ambas não tenham nenhuma proximidade.

Rede neural do Cordyceps

Estaladores The Last of US 1

Imagem: HBO/Reprodução

Ao contrário do game, a série de The Last of Us trouxe o Cordyceps, o fungo que infecta pessoas, como uma espécie de rede neural, toda conectada. Portanto, quando um integrante desta ligação é ferido ou tem contato com algum organismo que apresenta perigo, todos são avisados de alguma forma.

Essa é uma adição e tanto para a série, que pode explorar isso de diversas formas – e explorou muito bem neste episódio, mas falaremos mais para a frente.

Em uma das cenas mais marcantes, vários infectados são vistos juntos no caminho do trio, o que os faz desviar a rota por um hotel abandonado – que, no game, oferece vários perigos para eles, mas que, aqui, não foi muito explorado.

A cena do museu

Estaladores The Last of Us

Imagem: HBO/Reprodução

Mas, com certeza, o ponto alto do episódio foi a cena do museu, que parece reproduzida quadro a quadro do jogo. É neste momento que Ellie é apresentada aos Estaladores, criaturas que não enxergam, mas escutam o menor dos sons e são muito mortais.

Mesmo sabendo o que ia acontecer por já ter jogado, me peguei prendendo a respiração junto com os personagens. Isso é sinal de uma direção competente e de um roteiro bastante preparado para passar diversas emoções.

As cenas de perseguição que se seguem são dignas de qualquer ótimo filme de suspense. Mas é a partir dela que as coisas começam a mudar e para o trio de personagens.

Chegada ao Capitólio

Cena The Last of Us

Imagem: HBO/Reprodução

Chegando ao local em que Joel e Tess deveriam entregar Ellie para os Vala-Lumes e cumprir com o combinado, as coisas não vão como o esperado e se desenrolam em um acontecimento bastante sentido pelos fãs de The Last of Us.

Aqui, há diversas diferenças, mas que não serão citadas, já que seria um grande spoiler para quem ainda não viu o episódio. O ponto é que, dentre os pouco mais de 50 minutos de duração, o segundo capítulo conta com vários momentos de tensão e desespero, e esse é mais um deles.

Após muita correria – e uma decisão repentina e fria de Joel -, o episódio chega ao fim com Ellie encarando o Capitólio em chamas, uma medida desesperada para conter os infectados que foram despertados – aqueles que estavam no caminho do trio – após nosso herói matar um deles.

Isso mostra como a rede de monstros está conectada e como isso pode ser um problema para os personagens da série ao longo dos episódios. Independente da morte de algum desses infectados em uma área isolado, todos serão avisados pela conexão que possuem.

Mesmo nível de qualidade do primeiro

The Last of Us

Imagem: HBO/Reprodução

Por fim, considero o segundo capítulo de The Last of Us tão bom quanto o primeiro. O nível de tensão, a construção de expectativa e as mudanças deram o tom certo para a narrativa, que se mantém fiel ao game, ao mesmo tempo em que explora novas alternativas para o desenrolar da história – e que pode oferecer muitas surpresas.

Vale lembrar que o próximo episódio vai ao ar no domingo (29), a partir das 23h, ao vivo na HBO e no HBO Max.

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