Os jogos de zumbis fazem sucesso há bastante tempo, apesar do gênero não ter recebido tantos títulos como os fãs de jogos de terror esperam. Já o Back 4 Blood promete deixar os jogadores de seus amigos matarem inúmeros zumbis enquanto se divertem em partidas online.

O TecMasters recebeu o título para testes e, após jogá-lo bastante aniquilando zumbis, conta o que achou do Back 4 Blood nesse review. Confira!

História e personagens de Back 4 Blood

Assim como alguns outros jogos de terror envolvendo zumbis e com um foco mais online, o Back 4 Blood não traz uma história rica em detalhes, mas que serve bem ao seu propósito. Sem ser devidamente apresentado a um grupo de sentinelas (imunes a infecção), os jogadores logo se encontram no meio de uma guerra contra zumbis, que ao menos no começo, não se sabe como o número de infectados chegou a tal ponto.

Sentinelas do Back 4 Blood

Reprodução: Warner Bros. Games/Turtle Rock Studios

Já este grupo de sentinelas, devido a serem imunes, são considerados ideais para realizar missões perigosas e precisam trabalhar em conjunto com autoridades para proteger locais, localizar suprimentos e outros itens que podem ajudar em uma guerra.

Perto do fim do jogo, sem darmos spoilers, a história de Back 4 Blood até ganha “novas informações”, mas isso não é o suficiente para os jogadores que querem curtir um jogo com narrativa densa. Pessoalmente, nem considero este ponto tanto como uma crítica, já que desde o início a ideia de Back 4 Blood foi clara quanto a ser um título com foco no multiplayer.

No total, o Back 4 Blood traz 8 sentinelas para que os jogadores possam escolher antes de iniciar uma partida. Cada personagem do jogo tem algumas habilidades específicas, como poder curar mais, ser melhor com armas brancas e afins.

Da mesma forma que ocorre com a história, o “passado” desses personagens não acaba sendo tão explicado, mas é possível ver que existe uma “relação” entre eles devido as falas que são ditas durante o jogo.

A campanha de Back 4 Blood e outros modos

Como mencionado anteriormente, o Back 4 Blood não acaba se apegando a detalhes de sua história. Assim, em sua campanha, o jogador recebe missões com temas ou objetivos bem simples ou genéricos, como resgatar pessoas, defender um local, eliminar uma horda ou algo similar.

Além destas missões mais simples, em alguns momentos, os jogadores também enfrentarão certos tipos de chefões, que na maioria das vezes precisam de estratégias diferentes para serem derrotados.

Chefão a ser derrotado - Back 4 Blood

Já uma crítica minha ao jogo fica pela questão do design de alguns níveis, que são confusos e podem deixar os jogadores até mesmo presos por alguns bugs. Além disso, missões diferentes possuem o “mesmo cenário” em seu começo e apenas um corredor adiante é que as torna diferentes.

Não apenas isso, nem todas as missões dos atos são exatamente balanceadas. Além de uma dificuldade que varia bastante, algumas missões duram menos de 7 minutos, enquanto outras levam quase 20 minutos para serem fechadas.

Apesar dos pontos negativos mencionados acima, a campanha do Back 4 Blood ainda acaba tendo um tamanho bem agradável e pode ser finalizada em torno de 10 horas. Então, diferentemente de Left 4 Dead, que é dos mesmos criadores deste jogo, os jogadores podem nem sempre finalizar o título de uma vez só.

Já uma boa parte da diversão do título fica atrelada ao seu nível de dificuldade. Enquanto o modo normal (que seria o primeiro) oferece poucos desafios, os outros acabam aumentando bastante a diversão.

Mesmo tendo um foco grande no modo cooperativo, felizmente, o Back 4 Blood também conta com uma opção para quem quer jogá-lo sozinho com 3 bots. A IA do jogo até chega a surpreender em alguns momentos, mas não é incomum que uma hora ou outra um personagem acabe ficando preso em determinado local.

O modo enxame por sua vez fica como o responsável pelas partidas PvP. Nele, duas equipes são reunidas, uma de sentinelas e outra de zumbis, sendo que quem ganhar duas rodadas vence a partida.

Sistema de cartas

Diferente de muitos jogos de tiro com zumbis, Back 4 Blood procurou inovar ao trazer um sistema de cartas para o jogo, que funciona de uma forma curiosa. Antes de uma campanha ser iniciada, os jogadores podem montar um deck com cartas capazes de conceder atributos, como vida ou vigor, ou até mesmo mais habilidades, como menos tempo para recarregar uma arma.

Deck - Back 4 Blood

Como é de se esperar, no começo, os jogadores têm acesso a um número limitado de cartas. Entretanto, ao avançar na campanha, novas cartas podem ser desbloqueadas e depois incluídas no deck. Inclusive, até mesmo no meio de partidas, os jogadores podem encontrar algumas cartas.

Já ao completar missões, o sentinela escolhido também tem direito a escolher uma “carta mais genérica” para que o mesmo fique mais forte.

Além das cartas dos jogadores, o “diretor” também tem as suas cartas. Essa parte do diretor, na verdade, está mais relacionada aos objetivos a serem alcançados durante as partidas e alguns opcionais, como não alertar um certo inimigo.

Apesar de prometer um sistema que mudaria bastante a dinâmica do jogo, na prática, eu não senti que as cartas realmente inovam. A ideia de usar cartas, é verdade, pode ser inovadora, mas de forma geral, o recurso não é nada mais do que uma forma de apresentar as missões, objetivos e árvores de habilidades dos personagens.

Mesmo cartas estando presentes em cenários, também vale notar que são poucas vezes que os jogadores as encontrarão e nenhuma delas chega a funcionar como um item ou habilidade para ser ativada, com exceção a cartas que mudam por exemplo uma modo de ataque definitivamente.

Armas, inimigos e outras mecânicas

Para um jogo de zumbi funcionar bem sempre é preciso que a variedade de inimigos e de armas seja generosa com seus jogadores. E, neste quesito, Back 4 Blood não desaponta nem um pouco.

Ao começar com as armas, assim como outros títulos similares, os jogadores têm acesso tanto a armas de fogo quanto a armas brancas, além de granadas, coquetéis molotov e outros itens. Já algo bem interessante é que, até mesmo duas armas de uma categoria, como duas metralhadoras, possuem uma jogabilidade diferente.

Por jogabilidade diferente, quero dizer que as armas têm diferenças, por exemplo, no seu recuo diferente e tempos de recarga. Dessa forma, o jogador acaba criando uma certa preferência por determinada arma.

Além de ter um arsenal bem vasto, o Back 4 Blood também acerta ao permitir que upgrades sejam feitos com as armas. Através destes upgrades, enquanto alguns status podem ser aumentados, outros ficarão piores. Assim, o jogador pode sempre estar adaptando suas armas ao seu estilo de jogo.

Já nos inimigos, apesar de não ter a maior variedade dentro do seu gênero, Back 4 Blood é bem competente. Além dos zumbis normais, por assim dizer, existem os especiais que são mais difíceis de serem derrotados.

Review do Back 4 Blood: jogo diverte, mas não inova
Review do Back 4 Blood: jogo diverte, mas não inova
Review do Back 4 Blood: jogo diverte, mas não inova
Review do Back 4 Blood: jogo diverte, mas não inova

Como é possível notar pela galeria acima, alguns deles podem ser gigantes com pontos fracos, enquanto outros são apenas rápidos e difíceis de serem mirados. Além de ter que tomar cuidado com os tipos de inimigos, o jogador também precisa ficar atento a diversos detalhes.

Por exemplo, ao avistar um grupo de pássaros, o jogador não deve atirar perto deles para que os mesmos não atraiam mais zumbis. Já os carros abandonados podem estar com um alarme e atirar neles não é uma boa ideia.

Para evitar que tais situações de alertar zumbis ocorram e até para facilitar a comunicação do time, Back 4 Blood traz um sistema fácil para que objetos ou similares sejam facilmente identificados. No PC, por exemplo, com a tecla “Q”, os jogadores podem alertar sobre pássaros, onde uma foi encontrada e demais objetivos.

Conclusão

O Back 4 Blood é um jogo de qualidade que pode divertir bastante os jogadores que procuram partidas online com os amigos, mas o mesmo possui algumas falhas. A campanha do jogo, apesar de ter um tamanho adequado, sofre com uma dificuldade desbalanceada e é notório que algumas missões de determinados atos poderiam ter sido mais caprichadas.

Já algo que me desapontou é que, diferentemente do que esperava, o jogo acabou não inovando muito. O sistema de cartas, por exemplo, até tenta ser inovador, mas não acaba sendo tão útil na prática.

Em compensação, devido aos diferentes níveis de dificuldade, grande números de armas e de inimigos, o fator replay pode ser forte para quem deseja se divertir por mais tempo.

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