Muito mais do que celebrar o “Dia da Mentira”, 1º de abril também comemora o aniversário de um serviço que tornou-se popular no mundo todo: o Gmail. Nesta sexta-feira (1º), o serviço de e-mail do Google completa 18 anos “de vida”, marcados por uma trajetória de inovação e rivalidade.

Estreia do Gmail

E se toda história tem um começo, a do Gmail começou em abril de 2004. Na época, rivalizar com o Hotmail (atual Outlook) parecia loucura — ainda mais porque o serviço oferecia acesso ao MSN Messenger. Mas o Google apostou suas fichas e pegou todos os concorrentes de surpresa ao lançar um serviço de endereço eletrônico de incríveis 1 GB de armazenamento — o Hotmail tinha apenas 2 MB.

Com isso, as rivais tiveram que se movimentar. Em maio daquele mesmo ano, o Yahoo aumentou seu armazenamento para 10 MB, enquanto a Microsoft, no mês seguinte, também aumentou de 2 MB para 250 MB. Mas a questão do armazenamento era apenas um dos pontos nessa rivalidade.

Desde o início, o Gmail já se destacava por permitir o envio de quase todos os arquivos da época, como fotos e músicas. Outro ponto positivo era a velocidade. O compartilhamento desses documentos era extremamente rápido para os padrões do começo dos anos 2000, mesmo em casos de internet discada.

Gmail

Imagem: Stephen Phillips – Hostreviews.co.uk/Unsplash

Outro fator importante mexia com o bolso dos usuários. Enquanto a Microsoft cobrava US$ 20 pelo serviço, o Gmail era oferecido de graça — e com melhores recursos.

Do beta para o sucesso

Um detalhe é que, até 2007, o cadastro no serviço de e-mail do Google exigia um convite de algum usuário — algo comum feito por softwares em fase de testes. Dois anos depois, em 2009, o serviço finalmente foi aberto para o público, no mesmo ano em que o Gmail abandonou o rótulo “beta”.

Pouco a pouco, o serviço foi caindo nas graças do povo, dando início ao ecossistema do Google. Uma conta no Gmail era necessária para usufruir de todos os recursos dos dispositivos Android, por exemplo. O e-mail também passou a ser obrigatório para serviços como YouTube. E aí era sucesso “na certa”.

Gmail

Imagem: Solen Feyissa/Unsplash

Com um crescimento surpreendente nos anos seguintes, o serviço de endereço eletrônico do Google atingiu a marca de 1,5 bilhões de usuários ativos em 2018 — o Outlook anunciou uma base de 400 milhões de contas no mesmo ano —, tornando-se uma das maiores ferramentas do setor na atualidade.

Futuro

É incerto se esse crescimento continuará sendo visto. Com o regime office oriundo da pandemia de coronavírus, muitas empresas passaram a utilizar ferramentas como Slack ou Microsoft Teams, o que de certa forma diminuiu “o peso” dos serviços de e-mail.

Fato é que independentemente de seu futuro, o Gmail deve reconhecer todos os benefícios e inovações que trouxe ao setor, sendo ele continuado ou não. Mas em caso negativo, ele certamente será usado como inspiração para outros possíveis (e futuros) serviços que surgirem para dominar o mercado.

Via: Genbeta

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